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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Suspensos dois membros da Câmara dos Lordes

Dois membros da Câmara dos Lordes, ambos do Partido Trabalhista, foram suspensos hoje por terem aceitado dinheiro para votar projectos de lei, uma situação que acontece pela primeira vez nesta câmara desde 1642. Lord Truscott, um antigo ministro da Energia, e Lord Taylor of Blackburn estão suspensos até Outubro após o jornal "Sunday Times" ter gravado uma conversa em que os dois membros da câmara alta do Parlamento britânico afirmavam ter aceitado dinheiro para votar uma lei.Em Janeiro, jornalistas daquele jornal apresentaram-se perante os dois membros da Câmara dos Lordes afirmando serem representantes de um homem de negócios de Hong Kong, que pretendia introduzir mudanças em legislação relativa a impostos sobre negócios. Os parlamentares pediram 120 mil libras (136 mil euros) para mudar essa legislação. “Estamos a viver hoje um momento negro para o nosso Parlamento e a nossa democracia. A reputação do Parlamento diminuiu, a reputação dos parlamentares diminuiu e a confiança das pessoas nos parlamentares e no Parlamento afundou-se como uma pedra”, disse a líder dos Trabalhistas na Câmara dos Lordes, Janet Royall.A última vez que um par da câmara dos Lordes foi suspenso aconteceu em 1642, quando Lord Saville foi banido por ter tomado o partido do rei Carlos I, durante a guerra civil britânica, quando os Parlamentaristas enfrentaram os Realistas. O conflito que é considerado a génese do parlamentarismo britânico moderno, começou em 1641 com a recusa do rei Carlos I em aceitar ceder poderes como o direito a dissolver o Parlamento. Durante muito tempo, os membros da Câmara assumiam que não tinham o poder de suspender os seus pares, mas um relatório do comité de privilégios, divulgado na semana passada, revelou que esse poder existia, refere o diário Guardian.Lord Brabazon, o presidente daquele comité, que recomendou a sanção disciplinar aos dois pares, disse que até aqui acreditava que o padrão de conduta dos lordes era tão elevado que essas sanções não eram necessárias. “No entanto, à luz dos acontecimentos mais recentes, concluímos que não é possível continuar a defender essa posição”. Notícia aqui.

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