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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Acusado de comandar um vasto esquema de desvio de verbas públicas, José Sarney corre o risco de ter o mandato cassado.

Acusado de comandar um vasto esquema de desvio de verbas públicas, José Sarney corre o risco de ter o mandato cassado. Esse é o tom do noticiário em novembro de 1988, quando Sarney, então na Presidência da República, se tornou alvo da CPI da Corrupção.Após 11 meses de investigações no Senado, a CPI requeria o impeachment do primeiro presidente civil após duas décadas de regime militar. O relatório final da comissão, com 24 mil páginas e mais de 12 mil documentos anexados, é um dos mais contundentes compêndios de falcatruas e malfeitorias já produzidos pelo Congresso. Sarney fora acusado de nove crimes. Somente as denúncias de corrupção na Superintendência Nacional da Marinha Mercante alcançavam a cifra de US$ 550 milhões. Além de pedir o afastamento do presidente da República, a peça acusatória sugeria o indiciamento de 14 prefeitos, quatro ministros e ex-ministros, quatro empreiteiros e cinco representantes de escritórios de intermediação de verbas em Brasília.A origem dos escândalos se concentrou na Secretaria de Planejamento, órgão responsável por liberar recursos para municípios. As denúncias, porém, se multiplicaram. Houve investigações no Banco do Brasil, no pagamento de títulos da dívida agrária e sobre alterações supostamente ilegais no orçamento da União. Os principais ministros do governo estiveram entre os 56 depoentes da comissão: Maílson da Nóbrega (Fazenda), José Reinaldo Tavares (Transportes), Jader Barbalho (Reforma Agrária), João Batista de Abreu e Aníbal Teixeira (Planejamento). Um dos principais personagens da CPI foi Jorge Murad, genro do presidente e que há época desfrutava de uma sala no 4º andar do Palácio do Planalto, com acesso franqueado ao gabinete de Sarney.

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