Noticiou o Correio da Manhã, na sua edição de 4 de Junho que dois generais aproveitaram durante anos o facto de trabalharem no sub-sistema de Saúde do Exército para desviar dinheiro e dar acesso aos serviços a pessoas exteriores à instituição que não tinham legalmente direito a eles.
«A PJ concluiu a investigação no final de Maio, apontando cerca de 20 pessoas como responsáveis por uma “rede formada por militares e civis que agiam de modo concertado em práticas fraudulentas, ”, explica fonte policial. O CM apurou que dois dos investigados são generais e o grupo inclui ainda vários militares de alta patente. Os civis trabalham na indústria farmacêutica.
A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária anunciou ontem em comunicado que o processo foi concluído e remetido para o Ministério Público com proposta de acusação. Os 19 volumes e os 229 apensos resultam de uma investigação de cinco anos que partiu de denúncias de elementos do Exército. A rede terá lesado o Estado em cerca de 500 mil euros.
O grupo apresentava aos serviços de Assistência na Doença aos Militares do Exército (ADME) recibos de despesas de saúde em duplicado, permitindo receber duas vezes por actos médicos e medicamentos. O grupo permitia ainda que elementos estranhos ao Exército usassem os serviços de saúde .
O Ministério Público vai agora apreciar o processo, mas fonte ligada à investigação disse ao CM haver “prova substancial” para levar os suspeitos a julgamento.»
O Ministério Público vai agora apreciar o processo, mas fonte ligada à investigação disse ao CM haver “prova substancial” para levar os suspeitos a julgamento.»
Mais uma situação fraudulenta relacionada com a utilização de sistemas de saúde em Portugal. O que causa maior espanto em casos como este é o facto de eles demorarem tantos anos a serem denunciados e expostos perante as autoridades judiciais competentes.
É dever de cada um de nós dar conhecimento de situações abusivas como esta a quem tem competência para intervir de forma a evitar que se prolonguem no tempo. Com prejuízos graves para o Estado e, portanto, para todos nós.
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