O cumprimento e a execução das leis são para todos. Este é o princípio básico para a boa convivência com disciplina e paz em todos os aspectos. O episódio que faz do Rio de Janeiro um Estado refém do tráfico de drogas e armas é um reflexo da impunidade que vigora em todo o País por desobediência às leis, tanto da população quanto do poder público. Nossas leis, na maioria, são criadas por legisladores que sugerem o uso nos e para os outros e não contra si. E tudo o que acontece hoje em relação ao aumento da violência e da criminalidade está intrinsecamente ligado ao descumprimento da ordem jurídica, ao alto índice de corrupção nas esferas públicas e também à falta de políticas públicas coerentes e objetivas.
As denúncias de corrupção política e administrativa envolvendo pessoas notórias da sociedade afloram os noticiários diariamente. Alguns casos, quando abertos processos de investigação nem sempre chegam ao final ou, quando chegam, acabam em pizza ou as penas são amenizadas através de diversos tipos de alegações, dentre eles o fato dessas pessoas terem um “rol de serviços prestados à comunidade” por exercerem cargo público.
Essas situações acabam se tornando excelentes álibis para criminosos que não acreditam nas leis e fazem comparativo dos seus atos com os atos dos grandes infratores de colarinho branco, considerados membros importantes da sociedade que, quando condenados, as penas são superficiais ou de prestação de serviços à comunidade. Assim, se cometem delitos maiores ou de mesma proporção acham que não devem ser condenados e quando acontece, gera revolta nos grandes e pequenos marginais, que buscam neste tipo de falha do Estado uma válvula de escape e, paradoxalmente, um direito de igualdade com relação às punições. Esse descontentamento pela desigualdade nas classes sociais começa cedo, exemplo claro são os freqüentes assaltos nas proximidades das escolas, geralmente realizados por menores, que roubam pertences de alunos, principalmente se for de grife, para comprar drogas ou para uso pessoal apenas para satisfazer o sonho de consumo.
Há décadas a população do Rio de Janeiro convive com os problemas de desmandos, corrupção e violência. Mas, pelo que se observa, existe uma divisão entre o bem e o mal, sendo que o mal provém dos morros e das favelas e o bem, da elite que tem como maior preocupação “limpar” o Estado para preservar a Cidade Maravilhosa, uma das sedes de jogos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 e uma das principais referências para o turismo nacional e internacional.
O que ocorre no Rio de Janeiro e que pode se estender a outras partes do País, porque os tráficos de drogas e armas acompanhados do consumo do crack, que já virou epidemia nacional, demonstra a fragilidade governamental no sentido de não se buscar as verdadeiras causas da criminalidade e violência e apenas dos efeitos. As ações promovidas pelo governo carioca foram abruptas no sentido de amedrontar, prender e matar, se necessário, os principais envolvidos com o tráfico de armas e drogas, a maior parte jovens, inclusive alguns dos chefes com a idade média 30 de anos de idade, conforme noticiado. Um significativo parâmetro de que essa faixa etária, assim como as crianças, precisa de maior atenção no que diz respeito à educação e cultura e melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Incrivelmente, o episódio tem sido mostrado pelos meios de comunicação e do governo como “emocionante” e não constrangedor, em freqüentes alusões apológicas aos filmes “Tropa de Elite I e II”, que retratam na ficção parte da realidade do caos estabelecido pela insegurança e a ausência de ações concretas do Estado.
As denúncias de corrupção política e administrativa envolvendo pessoas notórias da sociedade afloram os noticiários diariamente. Alguns casos, quando abertos processos de investigação nem sempre chegam ao final ou, quando chegam, acabam em pizza ou as penas são amenizadas através de diversos tipos de alegações, dentre eles o fato dessas pessoas terem um “rol de serviços prestados à comunidade” por exercerem cargo público.
Essas situações acabam se tornando excelentes álibis para criminosos que não acreditam nas leis e fazem comparativo dos seus atos com os atos dos grandes infratores de colarinho branco, considerados membros importantes da sociedade que, quando condenados, as penas são superficiais ou de prestação de serviços à comunidade. Assim, se cometem delitos maiores ou de mesma proporção acham que não devem ser condenados e quando acontece, gera revolta nos grandes e pequenos marginais, que buscam neste tipo de falha do Estado uma válvula de escape e, paradoxalmente, um direito de igualdade com relação às punições. Esse descontentamento pela desigualdade nas classes sociais começa cedo, exemplo claro são os freqüentes assaltos nas proximidades das escolas, geralmente realizados por menores, que roubam pertences de alunos, principalmente se for de grife, para comprar drogas ou para uso pessoal apenas para satisfazer o sonho de consumo.
Há décadas a população do Rio de Janeiro convive com os problemas de desmandos, corrupção e violência. Mas, pelo que se observa, existe uma divisão entre o bem e o mal, sendo que o mal provém dos morros e das favelas e o bem, da elite que tem como maior preocupação “limpar” o Estado para preservar a Cidade Maravilhosa, uma das sedes de jogos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 e uma das principais referências para o turismo nacional e internacional.
O que ocorre no Rio de Janeiro e que pode se estender a outras partes do País, porque os tráficos de drogas e armas acompanhados do consumo do crack, que já virou epidemia nacional, demonstra a fragilidade governamental no sentido de não se buscar as verdadeiras causas da criminalidade e violência e apenas dos efeitos. As ações promovidas pelo governo carioca foram abruptas no sentido de amedrontar, prender e matar, se necessário, os principais envolvidos com o tráfico de armas e drogas, a maior parte jovens, inclusive alguns dos chefes com a idade média 30 de anos de idade, conforme noticiado. Um significativo parâmetro de que essa faixa etária, assim como as crianças, precisa de maior atenção no que diz respeito à educação e cultura e melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Incrivelmente, o episódio tem sido mostrado pelos meios de comunicação e do governo como “emocionante” e não constrangedor, em freqüentes alusões apológicas aos filmes “Tropa de Elite I e II”, que retratam na ficção parte da realidade do caos estabelecido pela insegurança e a ausência de ações concretas do Estado.
Fonte - Paranashop
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