Peru continua hoje sob impacto da divulgação de mensagens diplomáticas confidenciais dos Estados Unidos pelo portal de Internet Wikileaks que falam de corrupção militar pelo narcotráfico.
Nicarágua: Embaixadores de EUA trabalham com fontes inadequadas
A repercussão oscila entre a indignação dos afetados e as tentativas governamentais de sufocar o incêndio midiático tratando de minimizar os comprometedores relatórios, publicados ontem pela imprensa.
O chanceler, José García Belaunde, qualificou de fofoca no que se refere aos cabos e disse que não devem gerar conflitos externos, e o ministro de Defesa, Jaime Thorne, descartou que possam afetar as relações com Estados Unidos.
García Belaunde disse, no entanto, que lhe surpreende que McKinley não tivesse transmitido suas informações ao governo peruano, pois nunca tratou os temas matéria dos cabos com a Chancelaria.
Depois de declinar comentários sobre o caso do chefe do Exército, general Paul da Silva, acusado de vínculos com um traficante de drogas em um das mensagens, disse que estudará as revelações, mas adiantou que o governo não solicitará a Washington nenhuma informação adicional.
Por sua vez, Thorne descartou que tenha evidências que no Exército persista "uma rede de corrupção" criada pelo ex assessor presidencial Vladimiro Montesinos, ainda que anunciou uma investigação, como afirma outro cabo.
Sobre Silva, disse que foi ratificado como chefe do Exército porque os cabos de Wikileaks não provam nada contra ele.
O general, por sua vez, qualificou como uma "infâmia" a acusação transmitida por McKinley que vincula o Exército com o narcotráfico, e pediu que o tema seja investigado pelo Ministério Público.
Um dos cabos sustenta que da Silva se reuniu em 2007 com um empresário pesqueiro posteriormente detido por narcotráfico, e o general alega que tratou com ele somente sobre fornecimentos pesqueiros para o Exército.
Acrescentou que estuda a possibilidade de processar o diplomata norte-americano por tê-lo caluniado, enquanto o chefe do Exército da época, general Edwin Donayre, que participou naquela reunião, qualificou como injúria a citada mensagem.
Enquanto, parlamentares de diversas tendências exigem um esclarecimento e criticar a McKinley por não ter denunciado a suposta corrupção ante as autoridades peruanas.
O ex ministro do Interior Fernando Rospigliosi e o especialista em narcotráfico e segurança Jaime Antenaza, conhecidos por seus vínculos com a Embaixada dos Estados Unidos, coincidiram em avalar as afirmações de McKinley ao afirmar que há militares que cobram subornos aos narcotraficantes.
Os grampos descobertos puseram em evidência também o interesse norte-americano em aumentar sua intervenção em apoio à repressão militar contra remanentes de grupos armados que operam na região central do país.
Fonte - Prensa Latina
Nicarágua: Embaixadores de EUA trabalham com fontes inadequadas
A repercussão oscila entre a indignação dos afetados e as tentativas governamentais de sufocar o incêndio midiático tratando de minimizar os comprometedores relatórios, publicados ontem pela imprensa.
O chanceler, José García Belaunde, qualificou de fofoca no que se refere aos cabos e disse que não devem gerar conflitos externos, e o ministro de Defesa, Jaime Thorne, descartou que possam afetar as relações com Estados Unidos.
García Belaunde disse, no entanto, que lhe surpreende que McKinley não tivesse transmitido suas informações ao governo peruano, pois nunca tratou os temas matéria dos cabos com a Chancelaria.
Depois de declinar comentários sobre o caso do chefe do Exército, general Paul da Silva, acusado de vínculos com um traficante de drogas em um das mensagens, disse que estudará as revelações, mas adiantou que o governo não solicitará a Washington nenhuma informação adicional.
Por sua vez, Thorne descartou que tenha evidências que no Exército persista "uma rede de corrupção" criada pelo ex assessor presidencial Vladimiro Montesinos, ainda que anunciou uma investigação, como afirma outro cabo.
Sobre Silva, disse que foi ratificado como chefe do Exército porque os cabos de Wikileaks não provam nada contra ele.
O general, por sua vez, qualificou como uma "infâmia" a acusação transmitida por McKinley que vincula o Exército com o narcotráfico, e pediu que o tema seja investigado pelo Ministério Público.
Um dos cabos sustenta que da Silva se reuniu em 2007 com um empresário pesqueiro posteriormente detido por narcotráfico, e o general alega que tratou com ele somente sobre fornecimentos pesqueiros para o Exército.
Acrescentou que estuda a possibilidade de processar o diplomata norte-americano por tê-lo caluniado, enquanto o chefe do Exército da época, general Edwin Donayre, que participou naquela reunião, qualificou como injúria a citada mensagem.
Enquanto, parlamentares de diversas tendências exigem um esclarecimento e criticar a McKinley por não ter denunciado a suposta corrupção ante as autoridades peruanas.
O ex ministro do Interior Fernando Rospigliosi e o especialista em narcotráfico e segurança Jaime Antenaza, conhecidos por seus vínculos com a Embaixada dos Estados Unidos, coincidiram em avalar as afirmações de McKinley ao afirmar que há militares que cobram subornos aos narcotraficantes.
Os grampos descobertos puseram em evidência também o interesse norte-americano em aumentar sua intervenção em apoio à repressão militar contra remanentes de grupos armados que operam na região central do país.
Fonte - Prensa Latina
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