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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Portugal sob suspeita de corrupção na Argentina

A Justiça argentina está a investigar o suposto envolvimento de empresas portuguesas da área dos transportes num esquema de corrupção. As investigações giram em torno de Ricardo Jaime, secretário de Transportes da Argentina entre 2003 e 2009, suspeito de enriquecimento ilícito, com quem empresas portuguesas do setor ferroviário (públicas e privadas) fecharam negócios, ao abrigo de acordos entre os Estados português e argentino.
Ricardo Jaime era o braço-direito do ex-Presidente Néstor Kirchner (2003-2007), que faleceu há um mês. Permaneceu no cargo até ao ano passado, durante, inclusive, metade do mandato da atual Presidente, Cristina Kirchner, esposa de Néstor.
Jaime renunciou ao cargo pressionado pelas dezenas de denúncias de corrupção, superfaturação e apropriação ilegal de fundos. Portugal fechou acordos com Ricardo Jaime três meses antes deste ter renunciado ao cargo, numa altura em que as denúncias se multiplicavam.
26 mil emails sob investigação
As investigações ganharam força nos últimos dias, expondo empresários que, por estas horas, temem ver os seus nomes associados ao escândalo. A Justiça argentina apreendeu 11 computadores com cerca de 26 mil emails e documentos de um consultor pessoal de Ricardo Jaime. O consultor, Manuel Vázquez, mantinha uma estreita ligação com empresários.
Seria ele o encarregado do "trabalho sujo" que incluía operações de superfaturação, subornos, criação de sociedades-fantasma, contratos milionários, tráfico de influências, recolhas ilegais de fundos de campanha e favores irregulares, sobretudo nas áreas aeronáutica e ferroviária.
Era Manuel Vázquez quem cobrava as "comissões"e distribuía o dinheiro "aos amigos" (como ele dizia), tanto do Governo como privados. Para que o esquema parecesse legal, a empresa de Manuel Vázquez emitia uma fatura sobre supostos trabalhos de consultoria ou de assessoria, que esconderiam, no fundo, intermediações e o trabalho de testa de ferro do ex-secretário e do Governo.
Fonte - Expresso

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