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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Crise e corrupção devem marcar debate no Parlamento

As recentes previsões de Bruxelas sobre o crescimento económico e o combate à corrupção devem marcar o debate de hoje no Parlamento e e a necessidade de o Governo implementar o diálogo com os vários partidos.
Estas são as expectativas de dois economistas contactados pela "Lusa": o antigo ministro das Finanças Bagão Félix e a ex-secretária de Estado e ministra da Saúde, Manuela Arcanjo.
No entender de Bagão Félix, "as questões fundamentais do país começam por ser políticas, desde logo, a questão que hoje em dia é crucial que é a questão do combate à corrupção".
"É uma questão fundamental que se prende com a forma como o Estado se relaciona com a sociedade, como o sistema de justiça é gerido, como as leis são ou não aplicadas; no fundo, tem a ver com o alicerce de qualquer sociedade que é o conjunto de princípios que a norteiam", considerou o economista.
Artigo
Relativamente ao programa do Governo, que começa hoje a ser discutido, o antigo ministro das Finanças diz que este é "omisso" em quatro aspectos fundamentais: "desemprego, dívida, défice e desigualdade social".
Neste sentido, o ex-governante defendeu a necessidade de "uma cultura de negociação e de compromisso", até agora considerada um pouco esquecida pelo Executivo de José Sócrates.
Esta visão é igualmente partilhada pela economista Manuela Arcanjo, segundo a qual José Sócrates terá grandes dificuldades pela frente nos próximos quatro anos.
"A maior dificuldade é o perfil de José Sócrates, totalmente diferente de António Guterres que era um homem dialogante; o [actual] primeiro-ministro não o é, de todo, [mas] vai ter de o fazer porque é um político", afirmou a ex-ministra da Saúde.
"A legislatura ainda agora começou e já há uma grande avidez por parte da oposição em levar para o terreno da Assembleia matérias que são da competência do Governo".
Relativamente à consolidação das contas pública, a economista defende que "o que vem no programa não é nada de particularmente interessante porque ainda não sabemos o que é que vai ser decidido pelo Governo em termos de horizonte de consolidação".

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