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quinta-feira, 30 de julho de 2009

A corrupção não é uma nódoa que manche a biografia de alguns governos e de outros não. Todos os governos são corruptos — uns mais, outros menos, aqui

O exercício do poder, especialmente no âmbito da administração pública, facilita e estimula as falcatruas. No caso, o que diferencia os governos é o comportamento que seus titulares mais graduados adotam em face de denúncias sobre corrupção.
O governo do Presidente José Sarney foi, no mínimo, leniente.em relação às suspeitas, denúncias e aos episódios concretos de corrupção. Operou como um inexpugnável muro de insensatez: as denúncias pipocavam por toda parte, esbarravam nele e ficavam, depois, por isso mesmo.
Por falta de iniciativa, o governo sofreu um pesado desgaste em sua imagem pelo que fez e pelo que não fez, pelo que deixou que fizessem e pelo que impediu.
O Ministro Bresser Pereira [da Fazenda] denunciou que foram fraudados os números da balança comercial do país no final de 1986 — e não aconteceu nada.
O jornalista Jânio de Freitas, do jornal Folha de São Paulo, antecipou os resultados da concorrência fraudada para a construção da ferrovia Norte-Sul — a concorrência foi anulada mas, ninguém foi punido.
Houve importação irregular de alimentos na época do Plano Cruzado — nada se apurou depois.
Elmo Camões só pediu demissão da presidência do Banco Central quando se tornou público o escândalo da distribuidora de títulos comandada por um filho dele que tinha acesso a informações privilegiadas e que acabou sob intervenção.
Descobriu-se, então, que o próprio Camões continuava sócio da distribuidora.
Na ocasião, Sarney aconselhou-o a ajudar, primeiro, o filho para só depois se preocupar em ficar ou sair do Banco Central.
Fora os casos de corrupção, o governo institucionalizou a esperteza como método de administração e patrocinou memoráveis trapalhadas.


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