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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Por que existe tanta corrupção no Brasil?

Victor Lapuente Giné, no jornal El País de 27/3/09, p. 27, questionou e descreveu algumas razões para tanta corrupção na Espanha. Valendo-me desse seu artigo como espelho, vamos transpor suas conclusões (com as quais concordamos em linhas gerais) para a situação brasileira.
No Relatório do Banco Mundial divulgado no dia 29/6/09 (oitava edição do Informe Indicadores mundiais de bom Governo) vê-se que o Brasil não melhorou significativamente sua posição no ranking dos países menos corruptos. A dianteira dos 212 países analisados continua em mãos da Dinamarca, que conquistou a maior nota global (em matéria de medidas anticorrupção: +2,32). Brasil ficou na posição intermediária e sua nota foi -0,03. Na América Latina a liderança anticorrupção é do Chile. Depois vem Uruguai, Peru, Brasil etc. Nos últimos dez anos, os indicadores do Brasil permanecem mais ou menos estáveis (de +0,10 há dez anos passou agora para -0,03, sendo que a margem de erro varia entre 0,14 e 0,18).
De acordo com o autor acima citado (Victor Lapuente Giné) devemos evitar dois equívocos nessa área: (a) dizer que a corrupção é um fenômeno cultural (”é da nossa cultura”) (na verdade, é precisamente o contrário: é a corrupção que deteriora a cultura, não a cultura que gera corrupção); (b) afirmar que falta regulamentação mais detalhada para a proteção do interesse público.
A causa mais grave da corrupção deve ser buscada na politização partidária das instituições públicas, cujos cargos, em grande parte, são preenchidos por critérios políticos (de amizade, lealdade e de retribuição). É a política do clientelismo.

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