As autoridades do Afeganistão, segundo país no Índice de Percepções da Corrupção de Transparência Internacional, colocaram em funcionamento uma linha telefônica para que os cidadãos denunciem os abusos de funcionários corruptos.
Em entrevista à Agência Efe, o chefe adjunto do Alto Escritório Anticorrupção do Afeganistão, Ershad Ahmadi, detalhou as iniciativas que está realizando para combater o problema e analisou as causas da corrupção no Afeganistão.
Uma economia baseada em boa parte no narcotráfico, instituições frágeis e a entrada de dinheiro estrangeiro sem uma supervisão adequada são os principais motivos da situação atual, enumerou Ahmadi.
"Uma razão menos difundida, mas fundamental, é que as pessoas não têm confiança no futuro. Um nível crescente de insegurança, uma insurgência no auge e a dúvida sobre a permanência da comunidade internacional no país criaram uma sensação de incerteza".
A comunidade internacional, liderada pelos EUA, criticou com assiduidade durante os últimos meses o presidente Hamid Karzai e seu Governo por não combater à corrupção.
Karzai, reeleito após eleições em que milhares de votos foram cancelados por fraude, anunciou no discurso de posse, em 19 de novembro, uma conferência em Cabul para debater medidas contra a prática.
O Escritório Anticorrupção, o principal órgão com essa missão no país, está empenhado agora no serviço ao cidadão com iniciativas como a linha telefônica e o aperfeiçoamento dos processos burocráticos suscetíveis ao crime.
"Realizamos uma reforma piloto na matrícula e no registro dos veículos - exemplificou Ahmadi. Descobrimos que um afegão leva mais de um mês, 51 assinaturas e um gasto médio de US$ 400 a US$ 500 em propina para registrar um carro".
"Não é surpreendente que os motoristas preferiram subornar a Polícia diariamente a ter que passar por este processo", admitiu Ahmadi, quem explicou que agora foram simplificados os trâmites.
Outro grande problema é conseguir que os governantes declarem seus bens, algo que serão obrigados após a aprovação de uma lei, de acordo com a promessa feita por Karzai no discurso de posse.
"Em um país em que a Constituição determina os cargos públicos a revelar suas receitas, mas não há um mecanismo para castigá-los se não o fizerem, precisa ser fortalecido e melhorado com leis", conveio o chefe adjunto do Escritório Anticorrupção.
O protagonista do escândalo mais recente foi o prefeito de Cabul, Abdul Ahad Sahebi, condenado em dezembro a quatro anos de prisão por um desfalque de 800 mil afganis (US$ 16,477 mil à mudança atual).
Apesar das severas críticas da comunidade internacional, não existem dados oficiais sobre a dimensão do fenômeno ou quanto impacto no PIB anual afegão, mas a corrupção tem uma grande presença na vida cotidiana dos afegãos.
Em entrevista à Agência Efe, o chefe adjunto do Alto Escritório Anticorrupção do Afeganistão, Ershad Ahmadi, detalhou as iniciativas que está realizando para combater o problema e analisou as causas da corrupção no Afeganistão.
Uma economia baseada em boa parte no narcotráfico, instituições frágeis e a entrada de dinheiro estrangeiro sem uma supervisão adequada são os principais motivos da situação atual, enumerou Ahmadi.
"Uma razão menos difundida, mas fundamental, é que as pessoas não têm confiança no futuro. Um nível crescente de insegurança, uma insurgência no auge e a dúvida sobre a permanência da comunidade internacional no país criaram uma sensação de incerteza".
A comunidade internacional, liderada pelos EUA, criticou com assiduidade durante os últimos meses o presidente Hamid Karzai e seu Governo por não combater à corrupção.
Karzai, reeleito após eleições em que milhares de votos foram cancelados por fraude, anunciou no discurso de posse, em 19 de novembro, uma conferência em Cabul para debater medidas contra a prática.
O Escritório Anticorrupção, o principal órgão com essa missão no país, está empenhado agora no serviço ao cidadão com iniciativas como a linha telefônica e o aperfeiçoamento dos processos burocráticos suscetíveis ao crime.
"Realizamos uma reforma piloto na matrícula e no registro dos veículos - exemplificou Ahmadi. Descobrimos que um afegão leva mais de um mês, 51 assinaturas e um gasto médio de US$ 400 a US$ 500 em propina para registrar um carro".
"Não é surpreendente que os motoristas preferiram subornar a Polícia diariamente a ter que passar por este processo", admitiu Ahmadi, quem explicou que agora foram simplificados os trâmites.
Outro grande problema é conseguir que os governantes declarem seus bens, algo que serão obrigados após a aprovação de uma lei, de acordo com a promessa feita por Karzai no discurso de posse.
"Em um país em que a Constituição determina os cargos públicos a revelar suas receitas, mas não há um mecanismo para castigá-los se não o fizerem, precisa ser fortalecido e melhorado com leis", conveio o chefe adjunto do Escritório Anticorrupção.
O protagonista do escândalo mais recente foi o prefeito de Cabul, Abdul Ahad Sahebi, condenado em dezembro a quatro anos de prisão por um desfalque de 800 mil afganis (US$ 16,477 mil à mudança atual).
Apesar das severas críticas da comunidade internacional, não existem dados oficiais sobre a dimensão do fenômeno ou quanto impacto no PIB anual afegão, mas a corrupção tem uma grande presença na vida cotidiana dos afegãos.
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