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quinta-feira, 12 de março de 2009

Camilo Lourenço: "Somos peões no meio de jogos de milhões", apelando para os os deputados façam algo para defender a profissão de jornalista



"Comecei a sentir que estava sozinho"

"Na altura, por mais coragem e vontade de divulgar, comecei a sentir que estava sozinho", afirmou Camilo Lourenço, para justificar a razão que o levou a sair da "Exame", pouco depois da publicação do trabalho sobre o Banco Português de Negócios (BPN).Camilo Lourenço afirmou ainda que "nos últimos dois ou três anos, sentiu isso [solidão perante a pressão] cada vez mais. Vivemos uma situação difícil neste momento. E o problema não é a RTP". "Somos peões no meio de jogos de milhões", afirmou o jornalista, apelando, na comissão de inquérito à nacionalização do BPN, a que os deputados façam algo para defender a profissão de jornalistas.“Se estivesse na revista, coraria de vergonha" pelo acordo com o BPN"Se estivesse na revista, coraria de vergonha", pelo acordo feito há alguns anos entre a "Exame" e o BPN, para resolver o processo que o banco colocou contra a revista e em que a instituição pedia uma indemnização de vários milhões de euros. "Eu tinha todos os elementos para apoiar o Pedro Fernandes", jornalista que escreveu o trabalho, sublinhou Camilo Lourenço. A reacção do jornalista surgiu na sequência da leitura de parte do acordo, por parte do deputado socialista Ricardo Rodrigues. Segundo esta leitura, o acordo celebrado entre a Exame e o BPN referia que "esclarecimentos entretanto recolhidos" mostram que afirmações feitas nas revistas "não têm fundamento". O acordo, que levou a revista a publicar um desmentido e um pedido de desculpas, reafirmava depois que o artigo "tinha dado uma imagem deturpada sobre o grupo BPN", que, se afirmou no acordo, era "um caso de sucesso".
Notícia aqui (foto do Jornal de Negócios)

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