O ministro do Interior do Paraguai, Rafael Filizzola, disse nesta sexta-feira que não existe razão alguma para que o presidente Fernando Lugo seja submetido a um julgamento político devido a acusações de corrupção.Nos últimos dias, a imprensa local passou a veicular versões segundo as quais o mandatário estaria ligado ao superfaturamento da compra de uma propriedade rural com dinheiro público para aplicá-la a seu projeto de reforma agrária. O preço acordado seria quase três vezes superior ao valor real da fazenda.O próprio Lugo assinou uma carta-compromisso para a compra da fazenda de 21 mil hectares, que pertence ao brasileiro Ulises Rodríguez Teixeira. No documento, o valor fixado é de US$ 31 milhões. Há dois anos, Teixeira comprou as terras por US$ 11 milhões.Filizzola, contudo, explicou que o texto não é definitivo e que, por isso, não compromete o governo. De acordo com o ministro, as ações do presidente "nem se aproximam de um julgamento político".O funcionário chamou a atenção para o fato de que Lugo é hoje alvo de uma quantidade de críticas maior que qualquer outro presidente do Paraguai.O próprio chefe de Estado assegurou hoje que seu governo levará adiante a reforma agrária que prometeu durante a campanha. "Não nos deixaremos desanimar por críticas de setores que se beneficiaram por anos com a corrupção estatal", acusou o mandatário.Lugo também é questionado pelo sequestro do fazendeiro Fidel Zavala Serrati, atribuído ao Exército do Povo Paraguaio (EPP), que atua nos departamentos (estados) de Concepción e San Pedro, norte do país, onde o presidente trabalhou como bispo antes de chegar ao poder.Setores da oposição têm insinuado que a nova guerrilha seria próxima do mandatário, e alegam que ele é leniente ante suas ações.
Debate entre Paulo Rangel e Marinho Pinto
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O homem é um animal político (Aristóteles) e, como tal, não pode viver
senão em sociedade. Por isso mesmo, já se exarou, acertadamente, a máxima a
um tempo...
Há 13 anos
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