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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Estado perde centenas de milhões de euros nos grande negócios devido à corrupção



Em troca da compra dos dois submarinos o consórcio alemão comprometeu-se a dar contrapartidas no valor de mil e 200 milhões de euros. A gigante portuguesa Efacec seria uma das empresas a ser beneficiada com um investimento de 200 milhões de euros. Mas, tal nunca chegou a acontecer. "A Efacec celebrou contratos diversos com os alemães, mas ao longo dos anos os processos foram sendo atrasados, mudou o governo, mudou a direcção da comissão e agora o consórcio confessou que era incapaz de cumprir aquilo que estava prometido", diz Ventura Leite. Portugal sai perdedor no cumprimento de contrapartidas.
O responsável pelo grupo de trabalho das contrapartidas, diz que a empresa teve um prejuízo de 2 milhões de euros. Dinheiro gasto nos projectos e preparativos para receber o investimento estrangeiro. Ventura Leite é deputado do PS e o presidente do grupo de trabalho para as contrapartidas nomeado em 2006 para ver o que estava mal nas compensações dos grandes negócios: descobriu que o problema está logo na forma como começa a transacção. "O fornecedor entrega os equipamentos, é pago e depois ninguém consegue obrigá-lo a pagar as contraspartidas", assegura. Pior foi o que aconteceu na compra das armas Glock com que o estado equipou as forças de segurança. Não houve sequer contrapartidas. Todos os negócios acima dos 10 milhões de euros são obrigatoriamente sujeitos a compensações. As armas custaram 13 milhões, sem compensações, e até já tiveram de voltar para trás por defeito de fabrico."As negociações dão sempre os trunfos aos fornecedores e deixam as nossas empresas mais fracas em relação a quase todos os casos", concluiu Ventura Leite.Cortiça e confecções integram as contrapartidas da compra das fragatas O caso mais caricato passou-se com a compra das novas fragatas da marinha. Os dois navios comprados à Holanda custaram cerca 500 milhões de euros. Em vez de exigir mais contrapartidas na área do desenvolvimento tecnológico o Estado português pediu ajuda para exportar o mobiliário, as confecções e a cortiça de Portugal. Há razões para temer o pior com as contrapartidas que aí vêm, as do TGV ou do aeroporto.» Aqui.

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