Se os conceitos e fundamentos básicos de um sistema de integridade nacional necessitam de ser claramente compreendidos, então também as soluções resultantes precisam de ser fundadas na realidade e na experiência prática.
Mais: as soluções têm de estar relacionadas com as outras partes do sistema total – daí a necessidade de uma abordagem holística.
Poucas actividades suscitam maiores tentações ou oferecem mais oportunidades de corrupção do que a adjudicação do sector público.
Qualquer nível de governo e qualquer tipo de organização governamental adquiri bens e serviços, frequentemente em quantidades e em quantias monetárias que desafiam a compreensão.
As pessoas que fazem as compras – tanto aqueles que levam a cabo o processo de adjudicação como aqueles que aprovam as decisões – estão a gastar o dinheiro de “outras pessoas”.
Pretensos corruptores, em ambos os lados da transacção, encontram colaboradores disponíveis e desejosos.
Deve notar-se que uma das mais importantes tarefas em qualquer esforço anti-corrupção é a certificação de que estão realmente a fazer-se progressos. As estatísticas por si só não são um indicador fiável de progresso. Uma melhor forma de medida são as próprias opiniões das pessoas. As pessoas comuns conhecem a sua comunidade e têm uma ideia assaz exacta do que nela se passa. A corrupção, em particular, a corrupção mesquinha frequente, afecta directamente a sua vida diária.
As pessoas têm posições veementes acerca do problema, em especial do impacto nos serviços que têm o direito de receber.
Talvez a melhor abordagem até hoje tenha sido simplesmente sondar o público.
Foto e autor: Artur Victoria (outros artigos)
O cidadão deve ser ensinado do que é o "bem comum".
ResponderEliminarSó assim compreenderá um sistema de integridade em que os decisores e executantes políticos utilizam o dinheiro do Estado que advem dos impostos que os cidadãos pagam.
Qualquer ~gasto público ou decisão que implique uma despêsa é paga com o dinheiro que está afeto ao "bem comum"
Breno Almeida