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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Portugal é o país da Europa Ocidental com maior taxa de homicídios

Mas os nossos juristas e comentadores continuam em negação....

E parece que também ninguém reparou que os homicídios que tínhamos há uns anos eram em grande parte motivados pela disputa de terras e de águas (à sacholada) ou de vizinhança ou por questões de honra ("dormiste com a minha mulher agora vais dormir com os anjinhos") ou familiares ou fruto de discussões etilizadas, não raras vezes ligadas ao futebol.


Hoje em dia, assiste-se cada vez mais ao homicídio com a exclusiva finalidade de facilitar um assalto, ou para ocultar provas, ou efectuado por encomenda. A vida vai perdendo valor na cultura judiciária e na legislação.


O cidadão honesto, honrado e trabalhador vai ficando cada vez mais indefeso.


Gera-se uma desconfiança sobre a vontade, ou mesmo a efectiva possibilidade, do Estado garantir a nossa segurança.


O Estado de Direito fica cada vez mais em risco, em nome de lirismos e fantasias jurídicas que dizem defender o Estado de Direito, mas colocam em risco a segurança de todos e o próprio Estado de Direito (e potenciam um aumento exponencial, a breve trecho, dos homicídios - os quais poderão ultrapassar rapidamente os números assustadores que tínhamos há uma década).


A notícia aqui:

A polícia Judiciária continua com várias investigações de mortes violentas e «homicídios atípicos», que são casos «prioritários» para a polícia, segundo fonte da Direcção Nacional da PJ. Mortes por esclarecer e sem detenções aumentam as estatísticas de assassínios de 2008, e fazem a uma média de 15 mortes violentas por mês ou um assassínio de 2 em 2 dias «Os dados da PJ que vão seguir o Relatório Anual de Segurança Interna deste ano mostram que a tendência para a subida dos homicídios se deve aos homicídios tentados, que representam 10% da taxa global. Portugal, Escócia e a Finlândia lideram o ranking dos homicídios da Europa Ocidental com uma taxa de 2,1 mortes por 100 mil habitantes.

O director nacional da PJ reconhece que, de acordo com dados que a polícia facultou à imprensa, só nos primeiros 10 meses de 2008, investigaram-se 149 assassínios, mais 14 do que em 2007. Em apenas 10 meses de 2008 houve uma subida de 11 por cento nos homicídios. Uma média de 15 mortes violentas por mês, ou um assassínio de 2 em 2 dias.

Do Público aqui:

Entre os 22 países da União Europeia (UE) que aparecem no documento das Nações Unidas, Portugal ocupa o quarto lugar, atrás da Lituânia (8,13 homicídios por 100 mil habitantes), Estónia (6,79) e Letónia (6,47), todos localizados no Leste europeu. Bélgica, Bulgária, França, Hungria e Luxemburgo não responderam aos inquéritos que serviram de base ao relatório. A seguir a Portugal (...) os países europeus com a maior taxa de homicídios são a Finlândia e a Escócia, ambos com 2,13 crimes por 100 mil habitantes. No extremo oposto surge Malta, que não registou nenhum crime deste tipo em 2006. Seguem-se a Eslovénia (0,60), Áustria (0,73) e Espanha (0,77).
Portugal fica muito longe dos piores do mundo, como El Salvador, na América Central, onde há 58 pessoas assassinadas em cada 100 mil habitantes. No documento da ONU lê-se que a maior cidade portuguesa, Lisboa, tem uma taxa de homicídios "baixa comparada com os outros países da Europa Ocidental". Em 2005, a região de Lisboa, com pouco mais de dois milhões de habitantes, registou 15 assassinatos e, no ano seguinte, 17. Quanto aos dados globais, a ONU contabiliza 175 homicídios intencionais em 2005 e 227 em 2006. Os números apresentados não são, no entanto, coincidentes com os do Relatório de Segurança Interna, que regista 161 homicídios voluntários consumados em 2005 e 194 no ano seguinte. Em 2007 foram 133, metade dos ocorridos em 2002. Qualquer dos valores representa uma descida significativa face aos 340 homicídios verificados em 1998 e os 299 no ano seguinte.

3 comentários:

  1. Para efeitos estatisticos são considerados "mortos" nos acidentes de viação aqueles já falecidos ao momento da chegada das autoridades.
    Aqui fica a pergunta se também os acima referidos "mortos" também são calculados do mesmo modo ou se incluem aqueles que tem falecimento no hospital ou a caminho ?

    Obrigado pelo esclarecimento

    Joaquim Silva

    ResponderEliminar
  2. Para efeitos estatisticos são considerados "mortos" nos acidentes de viação aqueles já falecidos ao momento da chegada das autoridades.
    Aqui fica a pergunta se também os acima referidos "mortos" também são calculados do mesmo modo ou se incluem aqueles que tem falecimento no hospital ou a caminho ?

    Obrigado pelo esclarecimento

    Joaquim Silva

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  3. Caro Joaquim Silva:

    Os mortos em acidentes de viação não contam para as estatatísticas do artigo acima publicado.
    Esses são casos de homicídios por negligência.
    O artigo apenas refere os homicídios dolosos, simplificando, quando alguém mata outro de forma livre e consciente sabendo e pretendendo tirar a vida a outra pessoa.

    Quanto às outras estatísticas dos acidentes de ciação lamento, mas não sei qual o momento relevante para a contagem.
    João MIguel Gaspar

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