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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O jornalista "puro" haveria de ser um extraterrestre, ou um "castrato".


Do jornalismo como heterotopia

Em geral, pessoas avulsas que botam faladura nos media têm sempre algo a dizer sobre duas coisas: sobre matérias da sua profissão e sobre jornalismo, em especial sobre deontologia jornalística. A constituição, ao abrigo da lei, de jornalistas como assistentes em processos judiciais suscita da parte dessas pessoas profusas considerações éticas sobre jornalismo e jornalistas.
Configurando a lei a função de assistente como auxiliar do MP (é suposto que para a descoberta da verdade), estaria em causa o famoso dever de "isenção" do jornalista ou até, como já vi escrito, a "pureza da profissão". O jornalista "puro" não deveria, segundo tal ordem de ideias, militar num partido (organização "parcial", ou "partidária", por definição), ser associado ou adepto de um clube desportivo, sócio de um sindicato, "maxime" ter interesses ou opinião sobre o que quer que seja, ou mesmo votar; isto é, haveria de ser um extraterrestre, ou um "castrato". A sua "isenção" não se aferiria objectivamente no concreto exercício profissional, mas subjectivamente na sua existência cívica. "Pureza da profissão". Ora bolas…
Artigo e foto aqui.

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