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sábado, 13 de novembro de 2010

Baixa corrupção na Escandinávia está relacionada a fatores locais

A cada ano, a organização não governamental Transparência Internacional publica um relatório sobre corrupção global. No topo da lista, estão os países onde se supõe pouca ou nenhuma corrupção. Quais as razões para que haja pouca corrupção na Dinamarca, ou mesmo em Cingapura e na Nova Zelândia?
Quem busca respostas, se depara rapidamente com as "virtudes escandinavas" ou a "ética protestante", que influenciaram tão fortemente o norte da Europa, isto é, "seja humilde, dê sua contribuição ao coletivo, trabalhe duro".
Tanto a mídia quanto os cidadãos têm o direito de consultar documentos com informações sobre a população, mesmo quando se trata da declaração do imposto de renda detalhada do seu vizinho.
Combinação de confiança e controle
De modo geral, a sonegação fiscal não é um crime irrelevante, do qual as pessoas possam se vangloriar com os amigos. Os escandinavos, ou habitantes do norte da Europa, reclamam dos altos impostos, mas ao mesmo tempo estão dispostos a pagar sua parte, pois confiam nas instituições estatais.
Essa combinação de confiança e controle une a sociedade e é um dos motivos pelos quais casos de corrupção sejam excepcionais. Mesmo assim, eles acontecem, e cada suspeita, por menor que seja, é registrada com enorme atenção.
Seja a viagem de casamento da princesa Vitória, patrocinada por um empresário; os ingressos gratuitos para um torneio de tênis dados ao líder social-democrata; ou a viagem para questões político-ambientais de governantes à custa da Shell: isso agita a consciência pública.
Caminhos para corrupção
Um fato peculiar dos países escandinavos é que poucas empresas exercem uma enorme influência sobre a economia do país. Na Finlândia, por exemplo, nenhum governo decidiria algo que pudesse prejudicar a Nokia. Por outro lado, em empresas menores há fortes ligações pessoais: as pessoas se conhecem, se ajudam mutuamente e não questionam diretamente umas às outras.
Em nenhum outro lugar isso ficou mais evidente do que na Islândia em 2005 e 2006, quando o país ocupou o primeiro lugar na lista da Transparência Internacional, com o título de nação com menor índice de corrupção do mundo.
A corrupção não é necessária quando há estreitos contatos pessoais. As pessoas que na época ocupavam cargos de liderança nos setores da política e da economia se conheciam há alguns anos, se revezavam nos postos importantes, em detrimento de controle e supervisão. O resultado disso foi o colapso dos bancos islandeses. A corrupção tem muitas faces, nem todas expostas na lista da Transparência Internacional.
Fonte - DW-WORLD.DE

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