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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Godinho na prisão tenta comprar empresa falida

A O2 - empresa de tratamento e Limpezas Ambientais, SA, controlada pela família de Manuel Godinho, único detido do processo Face Oculta, por suspeita de corrupção e tráfico de influências , solicitou a prorrogação do prazo fixado para confirmar a compra, por 1,5 milhões de euros, dos bens móveis da antiga fundição Oliva, em São João da Madeira.
Apesar de o valor ser muito superior ao de outros concorrentes, a empresa do sucateiro mantém o interesse em fechar o negócio. O administrador da insolvência, Elmano Vaz, confirmou o deferimento do pedido, sem adiantar os motivos invocados pela O2, com sede em Ovar, para adiar a adjudicação definitiva.
O prazo inicial para a O2 pagar a compra realizada por carta fechada expirou no final da semana passada. "A prorrogação é por um prazo que não está definido, foi dada uma justificação que não posso revelar", explicou o gestor da massa falida.
A oferta apresentada pela empresa ligada a Manuel Godinho, como foi adiantado no início do mês por Elmano Vaz, "suplantou largamente" o segundo melhor concorrente dos 13 que entraram na corrida à sucata e outros materiais do antigo colosso industrial sanjoanense. Cerca de 300 mil euros a mais permitiram à O2 do sucateiro detido preventivamente no âmbito do "Face Oculta" ficar mais bem colocada para levar os móveis da Oliva, que encerrou as portas em Abril último. A proponente, segundou apurámos junto de fonte conhecedora das negociações, "reforçou" o sinal (100 mil euros) e conta na próxima semana entregar o restante.
O lote único, que tinha o valor- -base de meio milhão de euros, é composto por equipamentos industriais para metalomecânica, fundição, material de carga e transporte, peças de fundição, mobiliário, compressores, depósitos, entre outros, com destino a reciclagem.
A fundição Oliva deixou no desemprego cerca de 140 trabalhadores, a quem deve 4 milhões de euros, muito por força de indemnizações e juros.
Fonte da comissão de trabalhadores afirmou "desconhecer mais este contratempo" na venda do recheio que poderia libertar liqui-dez para as primeiras indemnizações.
O principal património da empresa é a nave industrial, a unidade industrial no centro de S. João da Madeira, que poderá ser colocada à venda por 8 a 10 milhões de euros, equivalente ao passivo.
A Câmara Municipal de Ovar embargou a extracção de inertes que alegadamente estava a ser feita pela O2 num terreno contíguo às suas instalações, na zona industrial de Ovar (norte).
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC) enviou a denúncia para a GNR, que por sua vez alertou a câmara, a que compete levantar o auto de contra-ordenação.
Fonte - DN

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