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domingo, 28 de novembro de 2010

Corrupção custa R$ 130 bi por ano ao País

A proposta do delegado anticorrupção da PF Josélio Azevedo de Souza na reunião da Enccla é de adoção de procedimentos uniformes nas apurações em curso, consolidação dos dados estatísticos, tanto de operações quanto de inquéritos, criação de canais próprios de comunicação com outras corporações e um mergulho na identificação dos métodos de organizações criminosas.
Ele sustenta que estudo da Fundação Getúlio Vargas mostra que o Brasil perde 5% do PIB a cada ano por causa da corrupção pública, o que equivale a R$ 130 bilhões. "O País deixa de crescer cerca de 2% ao ano por conta desse mal", adverte.
"Por isso, a PF defende a criação de delegacias especializadas no combate ao desvio de recursos públicos. Está sendo estudada a criação de um nicho específico. O importante é que se instale nos Estados, onde ocorre a execução das ações. O que se pretende é criar a delegacia em cada uma das 27 superintendências da PF, com efetivo e expertise próprios", diz.
Especialização. Ele recomenda programas de capacitação para agentes. "O problema da corrupção sempre existiu. À medida em que as instituições vão amadurecendo se dão conta da necessidade de especialização no combate a esse tipo de crime.", afirma. " O momento do Brasil é agora. É um problema que está na nossa porta, na nossa vida, no nosso dia a dia. A melhor maneira de enfrentá-lo é a especialização", acrescenta.
Josélio anota que o cerco à corrupção não segue a mesma lógica do enfrentamento ao tráfico de entorpecentes, ao crime ambiental. "É uma lógica especifica, que exige conhecimentos não só de técnica de investigação policial, mas conhecimentos administrativos sobre como funciona a máquina pública, o sistema de contratação do governo. Exige especialização."
Para o delegado não bastam apenas os grampos telefônicos, maior aliado da PF no cerco a organizações criminosas. " A interceptação virou um grande instrumento de investigação, mas isoladamente não é suficiente", acrescenta o delegado.
Fonte - Estadão

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