Acontece hoje no Rio não vai se espalhar para outros estadosO ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, chegou em Florianópolis na quinta-feira e, ontem, participou do encerramento do encontro da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), no Norte da Ilha.
O evento reúne anualmente representantes dos três poderes, dos ministérios públicos e da sociedade civil. Estratégias para o combate à corrupção e a lavagem de dinheiro foram tema do encontro, mas o conflito no Rio de Janeiro acabou dominando as discussões.
Barreto garante que os acontecimentos no Rio não vão se espalhar por outras cidades do Brasil. Para ele, trata-se de uma situação típica e localizada, embora as ações de segurança pública tenham que ser tratadas de maneira integrada em todo o país.
Entre as ações integradas referidas pelo ministro, se destacam as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), que de acordo com análises do Ministério da Justiça, foram responsáveis pelo descontentamento e pelas ações dos bandidos na capital fluminense.
O ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirma que a inteligência policial é o melhor meio para desmantelar a cadeia de comando criminoso que está presente no Rio. A polícia fluminense, que antes era chamada de corrupta e despreparada, é vista, agora, como salvação para o conflito que ontem chegou ao sexto dia consecutivo.
– A inteligência da polícia já alertava sobre o descontentamento do crime organizado por causa das UPPs, mas a tática usada pelos bandidos foi a de guerrilha, que é muito difícil de prever onde, quando e como vai acontecer. Mais importante é uma reação conjunta para desestruturar essa cadeia de comando e isso está sendo feito – afirmou Dipp.
Lucro de R$ 130 milhões ao ano com o narcotráfico
Sobre se o caráter emergencial das medidas que estão sendo aplicadas serão eficiente para resolver a questão do narcotráfico, Pedro Abramovay, secretário Nacional de Justiça, afirmou.
– O que estamos vendo no Rio de Janeiro é um pedaço de uma lógica complexa. É só a ponta do iceberg. Para atacar a sofisticada rede de organização criminosa que existe no Rio, mais ações são necessárias, principalmente no combate à corrupção.
O representante da Polícia Civil de Santa Catarina no Enccla, o instrutor Rodrigo Schneider, destacou outras medidas que devem ser tomadas no combate ao crime. Para ele, o narcotráfico é um negócio que possui uma cadeia produtiva que gera lucro rápido.
Schneider acredita que a saída seria acabar com as etapas desse negócio que, de acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio, gera lucro de R$ 130 milhões ao ano:
– Não adianta somente entrar na favela e prender o traficante. É preciso colocar fim a toda cadeia econômica que financia o crime. E isso, muitas vezes, se encontra em uma casa de luxo nos balneários, em grandes restaurantes ou casas noturnas, por exemplo. O negócio não está só nas favelas.
Fonte - Clic
O evento reúne anualmente representantes dos três poderes, dos ministérios públicos e da sociedade civil. Estratégias para o combate à corrupção e a lavagem de dinheiro foram tema do encontro, mas o conflito no Rio de Janeiro acabou dominando as discussões.
Barreto garante que os acontecimentos no Rio não vão se espalhar por outras cidades do Brasil. Para ele, trata-se de uma situação típica e localizada, embora as ações de segurança pública tenham que ser tratadas de maneira integrada em todo o país.
Entre as ações integradas referidas pelo ministro, se destacam as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), que de acordo com análises do Ministério da Justiça, foram responsáveis pelo descontentamento e pelas ações dos bandidos na capital fluminense.
O ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirma que a inteligência policial é o melhor meio para desmantelar a cadeia de comando criminoso que está presente no Rio. A polícia fluminense, que antes era chamada de corrupta e despreparada, é vista, agora, como salvação para o conflito que ontem chegou ao sexto dia consecutivo.
– A inteligência da polícia já alertava sobre o descontentamento do crime organizado por causa das UPPs, mas a tática usada pelos bandidos foi a de guerrilha, que é muito difícil de prever onde, quando e como vai acontecer. Mais importante é uma reação conjunta para desestruturar essa cadeia de comando e isso está sendo feito – afirmou Dipp.
Lucro de R$ 130 milhões ao ano com o narcotráfico
Sobre se o caráter emergencial das medidas que estão sendo aplicadas serão eficiente para resolver a questão do narcotráfico, Pedro Abramovay, secretário Nacional de Justiça, afirmou.
– O que estamos vendo no Rio de Janeiro é um pedaço de uma lógica complexa. É só a ponta do iceberg. Para atacar a sofisticada rede de organização criminosa que existe no Rio, mais ações são necessárias, principalmente no combate à corrupção.
O representante da Polícia Civil de Santa Catarina no Enccla, o instrutor Rodrigo Schneider, destacou outras medidas que devem ser tomadas no combate ao crime. Para ele, o narcotráfico é um negócio que possui uma cadeia produtiva que gera lucro rápido.
Schneider acredita que a saída seria acabar com as etapas desse negócio que, de acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio, gera lucro de R$ 130 milhões ao ano:
– Não adianta somente entrar na favela e prender o traficante. É preciso colocar fim a toda cadeia econômica que financia o crime. E isso, muitas vezes, se encontra em uma casa de luxo nos balneários, em grandes restaurantes ou casas noturnas, por exemplo. O negócio não está só nas favelas.
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