Um clima de deterioração paira sobre a América Latina e a crise mundial não é a única culpada. Há um fluxo desestabilizador a partir de Caracas, em ampliação na medida em que se torna mais difícil a situação econômica da Venezuela, que enfrenta desabastecimento, inflação, corrupção e criminalidade galopantes, turbinadas pelo tráfico internacional de drogas. A saída clássica a que recorreu Hugo Chávez é arranjar confusão no exterior para desviar a atenção.Indiretamente, foi Chávez quem criou a crise em Honduras, na medida em que seu pupilo Manuel Zelaya, eleito democraticamente, virou a mesa e convocou um referendo para se candidatar novamente, ao arrepio da Constituição. Foi apeado por um golpe político-militar. O interesse do venezuelano na volta de Zelaya ao poder não é preservar a democracia, mas salvar um aliado para impulsionar o bolivarianismo na região, onde já atua Ortega, da Nicarágua. Editorial O GloboAs relações entre Chávez e as Farc criaram uma crise perigosa no bloco andino, envolvendo Venezuela, Colômbia e Equador. Não é pouca coisa quando o Exército colombiano descobre nas mãos das Farc armas antitanque vendidas pela Suécia à Venezuela nos anos 80. Tampouco quando um vídeo gravado por um líder das Farc trata de contribuições à campanha do hoje presidente do Equador, Rafael Correa, que tolera acampamentos guerrilheiros no país. São fatos desestabilizadores da Colômbia, em luta para se recuperar de décadas de guerra civil e narcotráfico.
Debate entre Paulo Rangel e Marinho Pinto
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O homem é um animal político (Aristóteles) e, como tal, não pode viver
senão em sociedade. Por isso mesmo, já se exarou, acertadamente, a máxima a
um tempo...
Há 13 anos
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