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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Afegãos consideravam país menos corrupto sob regime talibã

Atualmente, seis entre dez afegãos veem a corrupção como um problema maior do que a violência, mostrou um relatório publicado na terça-feira pelo Instituto das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC). O estudo mostrou que muitos pagamentos ilícitos - num total de US$ 2,5 bilhões - foram feitos aos funcionários a fim de obter serviços públicos essenciais.
O relatório foi divulgado uma semana antes da Conferência de Londres sobre o Afeganistão, visando a formulação de uma estratégia internacional para um país que tem causado muitas dores de cabeça à política externa do Ocidente. Segundo o relatório, policiais, juízes, procuradores e deputados foram os que mais solicitaram e receberam subornos.
"Infelizmente, aqueles que supostamente deveriam proteger a população desse tipo de ilegalidade são eles mesmos vistos como mais culpados por violar a lei", afirmou o diretor do UNODC, Antonio Maria Costa. E acrescentou: "subornar autoridades faz parte da vida cotidiana. Durante os últimos 12 meses, a cada dois afegãos, um teve que pagar pelo menos uma propina a um funcionário público".
O relatório mostrou ainda o tamanho da economia da corrupção, correspondente ao comércio de ópio do Afeganistão, estimado em US$ 2,8 bilhões em 2009. A "explosão" na produção de ópio, que começou em 2005, resultou na propagação de pagamentos ilegais a funcionários e setores da economia que foram inundados por dinheiro sujo e persistem até os dias de hoje.

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