O juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo, instaurou na segunda-feira o terceiro processo decorrente da Operação Castelo de Areia, deflagrada pela Polícia Federal em 25 de março do ano passado para investigar supostos crimes cometidos pela construtora Camargo Corrêa. O juiz aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra três diretores da empresa em relação a crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, mas rejeitou, " por ora " , o pedido da procuradora responsável pelo caso, Karen Louise Jeanette Kahn, de que eles respondessem também por lavagem de dinheiro resultante de corrupção passiva e ativa. Outros dois pedidos do Ministério Público foram rejeitados pelo fato de os réus já responderem pelo mesmo crime em outras ações. Procurada pelo Valor, a Camargo Corrêa informou em nota à imprensa que " a aceitação da denúncia cumpre apenas o rito processual, dando início ao exercício do contraditório, o que significa que a empresa poderá se manifestar e exercer seu direito de defesa " .
Com a nova ação judicial, os diretores da empresa Pietro Francesco Giavina Bianchi, Dárcio Brunato e Fernando Dias Gomes passam a responder na Justiça por crimes de operação de câmbio ilegal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Eles já são réus em outra ação penal que corre na 6ª Vara Criminal, junto com outras nove pessoas, também por crimes contra o sistema financeiro, mas com especificidades diferentes, o que levou o juiz De Sanctis a manter a tramitação independente dos dois processos. A terceira ação judicial gerada pela Operação Castelo de Areia foi aberta pela Justiça Federal na Bahia contra dois executivos da Camargo Corrêa e dois da construtora Andrade Gutierrez por crimes de formação de cartel, formação de quadrilha e fraude na licitação para a construção do metrô de Salvador.
De acordo com a decisão de Fausto De Sanctis, não há indícios suficientes de crimes contra a administração pública na análise dos documentos apreendidos no departamento jurídico da Camargo Corrêa e na residência de um de seus diretores em março de 2009 para justificar a abertura de uma ação por corrupção e lavagem de dinheiro dela decorrente, ainda que os elementos colhidos até agora " possam embasar futura investigação policial " . A denúncia do MP relacionava valores supostamente entregues a título de propina a recursos enviados ao exterior, para serem lavados.
Segundo o MP, em três obras públicas em que a construtora venceu a licitação - a construção de 23 embarcações petrolíferas para a renovação das frotas da Transpetro no Rio de Janeiro, a construção de hospitais em cinco cidades do Pará e a aquisição de um terreno para realizar uma obra para a Prefeitura de Caieiras, na Grande São Paulo - foram pagas propinas que somam mais de R$ 4 milhões ao PT e ao PMDB. Ainda de acordo com a denúncia do MP, para efetuar os pagamentos o dinheiro era transferido para contas bancárias em nome de offshores em diversos países. Um dos políticos citados nos documentos apreendidos é o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP).
Com a nova ação judicial, os diretores da empresa Pietro Francesco Giavina Bianchi, Dárcio Brunato e Fernando Dias Gomes passam a responder na Justiça por crimes de operação de câmbio ilegal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Eles já são réus em outra ação penal que corre na 6ª Vara Criminal, junto com outras nove pessoas, também por crimes contra o sistema financeiro, mas com especificidades diferentes, o que levou o juiz De Sanctis a manter a tramitação independente dos dois processos. A terceira ação judicial gerada pela Operação Castelo de Areia foi aberta pela Justiça Federal na Bahia contra dois executivos da Camargo Corrêa e dois da construtora Andrade Gutierrez por crimes de formação de cartel, formação de quadrilha e fraude na licitação para a construção do metrô de Salvador.
De acordo com a decisão de Fausto De Sanctis, não há indícios suficientes de crimes contra a administração pública na análise dos documentos apreendidos no departamento jurídico da Camargo Corrêa e na residência de um de seus diretores em março de 2009 para justificar a abertura de uma ação por corrupção e lavagem de dinheiro dela decorrente, ainda que os elementos colhidos até agora " possam embasar futura investigação policial " . A denúncia do MP relacionava valores supostamente entregues a título de propina a recursos enviados ao exterior, para serem lavados.
Segundo o MP, em três obras públicas em que a construtora venceu a licitação - a construção de 23 embarcações petrolíferas para a renovação das frotas da Transpetro no Rio de Janeiro, a construção de hospitais em cinco cidades do Pará e a aquisição de um terreno para realizar uma obra para a Prefeitura de Caieiras, na Grande São Paulo - foram pagas propinas que somam mais de R$ 4 milhões ao PT e ao PMDB. Ainda de acordo com a denúncia do MP, para efetuar os pagamentos o dinheiro era transferido para contas bancárias em nome de offshores em diversos países. Um dos políticos citados nos documentos apreendidos é o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP).
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