As eleições presidenciais deste domingo na Ucrânia colocarão um ponto final na Revolução Laranja de cinco anos atrás, apesar de os protagonistas continuarem sendo os mesmos.
Todas as pesquisas apontam que o grande perdedor será o presidente Viktor Yushchenko, então líder da mobilização, e que a disputa da Presidência ficará entre a sua antiga aliada, a primeira-ministra Yulia Timoshenko, e o opositor Viktor Yanukovich, derrotado em 2004.
Yanukovich, ex-primeiro-ministro apoiado pela Rússia, chega ao pleito com o desejo de revanche, quando os protestos populares contra a fraude de cinco anos atrás contribuíram para sua derrota eleitoral e alçaram Yushchenko ao poder.
Timoshenko, após sua ruptura definitiva com o presidente, aparece como a última representante dos ideais de eleições livres, democracia e aproximação com o Ocidente.
Apoiado pela população e os clãs industriais do leste do país - habitado por uma maioria de russos -, Yanukovich conta com as intenções de votos de 30% dos eleitores, seguido por Timoshenko (aproximadamente 20%).
No caso praticamente certo de um segundo turno, marcado para 7 de fevereiro, Yanukovich terá quase o dobro de votos que Timoshenko, que pagaria assim o preço da profunda crise econômica que vive o país.
O candidato da oposição baseou sua campanha nas críticas à gestão anticrise de Timoshenko e nas batalhas verbais e judiciais do grupo laranja entre o presidente e a primeira-ministra, enredados na luta pelo poder.
Mas, consciente de que o apoio de seu tradicional celeiro de votos já não basta para vencer, Yanukovich, em seus últimos discursos, se distanciou da Rússia e ressaltou a importância da integração do país à Europa.
Timoshenko, que ostentou na campanha a luta contra as oligarquias e a corrupção, mantém como sua prioridade a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Além disso, travou uma fluente relação de trabalho com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e ressaltou a importância de ter assinado com ele um novo acordo que garantiu abastecimento de gás ao país e evitou uma nova crise de combustíveis que afetaria a UE.
Ao contrário de 2004, os analistas opinam que a opção dos ucranianos já não é entre Ocidente e Rússia, mas a favor do que melhor saiba governar o país e colocar um fim nas crises políticas e econômicas.
Ao todo, 18 candidatos concorrem à Presidência ucraniana, mas as pesquisas apontam como as outras forças oposicionistas o banqueiro Serguei Tigipko e o ex-presidente do Parlamento Arseni Yatseniuk.
Yushchenko dedicou seu mandato a consolidar a identidade nacional da Ucrânia, procurando se distanciar do passado soviético e da influência agressiva da vizinha Rússia, e a garantir o sistema político pluralista e a liberdade de expressão.
Porém, não conseguiu levar o país à UE, completar as reformas estruturais, liberalizar a economia nem acabar com a corrupção. Além de tudo, perdeu quase todos os seus aliados.
O fracasso de sua gestão e dos ideais da Revolução Laranja é a principal causa da profunda desilusão dos ucranianos, incomodados com os problemas econômicos e cansados das lutas internas e do populismo.
Só 4,5% dos ucranianos acreditam que a eleição será honesta e 22,2% dos eleitores pensam em votar "contra todos os candidatos", opção contemplada pela legislação nacional.
Esse pessimismo se agrava com as acusações de todos os candidatos contra seus principais adversários de preparar esquemas de fraude e diante do temor de eventuais protestos por causa dos descontentamentos com os resultados.
Yanukovich considera impossível a existência de novas manifestações como as que ocorreram durante a Revolução Laranja. Timoshenko promete que toda fraude será levada aos tribunais, mas os analistas acreditam que ninguém aceitará sua eventual derrota e que todos tentarão questioná-la nas ruas.
Prevendo isso, o Tribunal de Kiev, a pedido da Prefeitura, proibiu todos os partidos de realizarem protestos até o dia 7 de fevereiro no Maidan e na Praça da Independência, que foi palco da Revolução Laranja.
Todas as pesquisas apontam que o grande perdedor será o presidente Viktor Yushchenko, então líder da mobilização, e que a disputa da Presidência ficará entre a sua antiga aliada, a primeira-ministra Yulia Timoshenko, e o opositor Viktor Yanukovich, derrotado em 2004.
Yanukovich, ex-primeiro-ministro apoiado pela Rússia, chega ao pleito com o desejo de revanche, quando os protestos populares contra a fraude de cinco anos atrás contribuíram para sua derrota eleitoral e alçaram Yushchenko ao poder.
Timoshenko, após sua ruptura definitiva com o presidente, aparece como a última representante dos ideais de eleições livres, democracia e aproximação com o Ocidente.
Apoiado pela população e os clãs industriais do leste do país - habitado por uma maioria de russos -, Yanukovich conta com as intenções de votos de 30% dos eleitores, seguido por Timoshenko (aproximadamente 20%).
No caso praticamente certo de um segundo turno, marcado para 7 de fevereiro, Yanukovich terá quase o dobro de votos que Timoshenko, que pagaria assim o preço da profunda crise econômica que vive o país.
O candidato da oposição baseou sua campanha nas críticas à gestão anticrise de Timoshenko e nas batalhas verbais e judiciais do grupo laranja entre o presidente e a primeira-ministra, enredados na luta pelo poder.
Mas, consciente de que o apoio de seu tradicional celeiro de votos já não basta para vencer, Yanukovich, em seus últimos discursos, se distanciou da Rússia e ressaltou a importância da integração do país à Europa.
Timoshenko, que ostentou na campanha a luta contra as oligarquias e a corrupção, mantém como sua prioridade a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Além disso, travou uma fluente relação de trabalho com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e ressaltou a importância de ter assinado com ele um novo acordo que garantiu abastecimento de gás ao país e evitou uma nova crise de combustíveis que afetaria a UE.
Ao contrário de 2004, os analistas opinam que a opção dos ucranianos já não é entre Ocidente e Rússia, mas a favor do que melhor saiba governar o país e colocar um fim nas crises políticas e econômicas.
Ao todo, 18 candidatos concorrem à Presidência ucraniana, mas as pesquisas apontam como as outras forças oposicionistas o banqueiro Serguei Tigipko e o ex-presidente do Parlamento Arseni Yatseniuk.
Yushchenko dedicou seu mandato a consolidar a identidade nacional da Ucrânia, procurando se distanciar do passado soviético e da influência agressiva da vizinha Rússia, e a garantir o sistema político pluralista e a liberdade de expressão.
Porém, não conseguiu levar o país à UE, completar as reformas estruturais, liberalizar a economia nem acabar com a corrupção. Além de tudo, perdeu quase todos os seus aliados.
O fracasso de sua gestão e dos ideais da Revolução Laranja é a principal causa da profunda desilusão dos ucranianos, incomodados com os problemas econômicos e cansados das lutas internas e do populismo.
Só 4,5% dos ucranianos acreditam que a eleição será honesta e 22,2% dos eleitores pensam em votar "contra todos os candidatos", opção contemplada pela legislação nacional.
Esse pessimismo se agrava com as acusações de todos os candidatos contra seus principais adversários de preparar esquemas de fraude e diante do temor de eventuais protestos por causa dos descontentamentos com os resultados.
Yanukovich considera impossível a existência de novas manifestações como as que ocorreram durante a Revolução Laranja. Timoshenko promete que toda fraude será levada aos tribunais, mas os analistas acreditam que ninguém aceitará sua eventual derrota e que todos tentarão questioná-la nas ruas.
Prevendo isso, o Tribunal de Kiev, a pedido da Prefeitura, proibiu todos os partidos de realizarem protestos até o dia 7 de fevereiro no Maidan e na Praça da Independência, que foi palco da Revolução Laranja.
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