Os distúrbios de domingo foram os mais graves registrados desde junho passado, quando Ahmadinejad foi reeleito sob denúncias de fraude. Seu adversário no pleito era Mousavi. Hoje, a exemplo do ocorrido ontem, dezenas de milhares de iranianos voltaram às ruas para apoiar Ahmadinejad. Desta vez, o grupo se reuniu em frente ao escritório do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, usando roupas brancas --a cor do luto no Irã-- em sinal de sua disposição de morrer em defesa do regime clerical, informou a rádio estatal iraniana. Nos protestos pró-governo de ontem, manifestantes queimaram bandeiras americanas e britânicas e acusaram os líderes oposicionistas Mousavi e Mehdi Karoubi --também candidato reformista derrotado na última eleição-- de serem "mohareb", inimigos de Deus. Pela lei islâmica vigente no Irã, o castigo indicado para um "mohareb" é a morte. O vice-chefe do Judiciário iraniano, Ebrahim Raisi, disse hoje à agência Irna que os acusados pelos protestos de domingo responderão por violação da ordem pública e por serem "mohareb". Fotografias de cem suspeitos foragidos acusados de "danificar propriedade pública e insultar santidades" foram publicadas ontem em um site da polícia iraniana.
Debate entre Paulo Rangel e Marinho Pinto
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O homem é um animal político (Aristóteles) e, como tal, não pode viver
senão em sociedade. Por isso mesmo, já se exarou, acertadamente, a máxima a
um tempo...
Há 13 anos
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