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Debate entre Paulo Rangel e Marinho Pinto - O homem é um animal político (Aristóteles) e, como tal, não pode viver senão em sociedade. Por isso mesmo, já se exarou, acertadamente, a máxima a um tempo...Há 13 anos
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sábado, 28 de fevereiro de 2009
Ana Gomes no congresso do PS
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Fernando Ulrich: Como é que ao "comprar um activo acima do valor" se reduzem as imparidades
Rodrigo Moita de Deus no 31 da Armada (aqui e aqui)
Eu que não percebo nada de contabilidade
Aumentos de capital e outras entradas do Estado na Caixa:
Dezembro de 2007 – 150 milhões
Agosto de 2008 – 400 milhões
Outubro de 2008 – 390 milhões (venda de participações ao Estado)
Dezembro de 2008 – 1000 milhões
As minhas contas são à antiga. Não tenho talento nem criatividade para outras. Portanto: de Dezembro de 2007 até Março de 2009 o contribuinte (eu) enfiou 1940 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos. Recebeu 340 milhões. Faria de Oliveira disse hoje que ia entregar mais 300 milhões. Simpático. É fazer as contas. Já só me está a dever 1300 milhões de euros. 1300 milhões de euros é a dívida da Caixa Geral de Depósitos ao contribuinte português só no último ano e meio. Quase dobro do buraco total do BPN. Mas é Manuel Dias Loureiro quem foi chamado a uma comissão parlamentar. Pergunto, nesta tendência socialista e socializante, não seria melhor para a economia nacionalizar a Caixa?
(Rodrigo Moita de Deus)
Vai entregar?
O presidente da CGD, Faria de Oliveira, revelou hoje que o banco estatal vai entregar ao Estado 300 milhões de euros em dividendos, referentes ao exercício do ano passado, período em que os lucros desceram 46% para 459 milhões de euros.
Temo o pior. Da última vez que a Caixa Geral de Depósitos pagou dividendos ao estado, pediu três vezes mais em aumentos de capital.
(Rodrigo Moita de Deus)
Ministro do Ambiente diz que refinaria espanhola em Badajoz não é um “fantasma”
«O ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, disse hoje que não se pode tratar como um “fantasma” o projecto da refinaria Balboa – que será construída em Espanha, perto de Badajoz, e que preocupa autarcas, empresários e ambientalistas portugueses. Nunes Correia afirmou, num encontro com jornalistas em Lisboa, que a posição final do Ministério do Ambiente sobre o projecto será tomada na primeira quinzena de Março.O projecto esteve em consulta pública em Portugal até terça-feira – uma exigência da legislação comunitária, no caso de projectos com potencial impacto ambiental transfronteiriço. Nunes Correia não quis fazer comentários sobre a refinaria em si, dizendo que aguarda uma avaliação completa dos seus efeitos e das posições expressas durante a consulta pública.Mas afirmou que um projecto como aquele não é, à partida, um problema. “Não podemos ir atrás de fantasmas”, disse. A refinaria fica a menos de 100 quilómetros da fronteira com Portugal. Autarcas, ambientalistas e empresários estão preocupados com a possibilidade de degradação da qualidade do ar, da água e dos solos, bem como com o impacto da refinaria espanhola sobre o turismo na região do Alqueva.O ministro do Ambiente recordou, porém, que já há uma instalação semelhante em Portugal, na mesma esfera de influência geográfica. “À mesma distância, temos a refinaria de Sines”, disse Nunes Correia.“Temos todas as condições de exigir medidas cautelares que tornem [a refinaria Balboa] inócua para Portugal”, acrescentou o ministro. “A preocupação de Portugal não é impedir que aquilo se faça”, completou.»
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Os mistérios da corrupção política
Helena Matos: não ver, não intervir, olhar para o outro lado tornaram-se a estratégia de sobrevivência numa escola sem autoridade nem prestígio
Estas são duas notícias recentes de agressões em escolas portuguesas. Em qualquer escola do mundo, pública ou privada, pode acontecer uma agressão. Mas o que está a acontecer em Portugal não é nada disso. À semelhança dos desastres de avião que frequentemente resultam não dum grande problema mas sim dum somatório de falhas que isoladamente não têm grande importância mas em conjunto desencadeiam a catástrofe também uma leitura deste tipo de notícias permite concluir que algo de profundamente anormal está a acontecer nas escolas públicas, em Portugal. Por exemplo, no caso da agressão à menina na Escola Básica Integrada do Monte da Caparica, em Almada, verifica-se que a aluna foi agredida dentro da escola, durante uma hora. Nem funcionários nem professores deram por isso. Uma hora é muito tempo. E cinco crianças, isto a contarmos apenas a a agredida e os agressores, envolvidas numa cena destas fazem uma certa algazarra. Mas admitamos que tal pode acontecer. Em seguida a criança agredida saiu da escola acompanhada por dois colegas o que quer dizer que, pelo menos, entre os alunos já corria informação sobre a agressão. A menina tinha a roupa cheia de lama, sangue na boca e a cara esfolada. Mas saiu da escola, durante o período escolar, e repito durante o período escolar, sem que qualquer funcionário ou professor considerasse que devia intervir. Ou teremos de admitir que uma criança neste estado consegue atravessar as instalações escolares e passar pela portaria sem que professores ou funcionários a vejam? É difícil entender que tal aconteça mas admitamos que estava muito nevoeiro ou que estavam todos a contemplar o céu e logo também isto pode ser possível. Chegada a casa a criança foi levada ao Hospital Garcia de Horta cujo relatório citado pelo “Jornal de Notícias” diz o seguinte: “Criança de 10 anos, sexo feminino, vítima de agressão física por parte de quatro colegas da escola, todos com 11 anos. Hematoma facial esquerdo, dor abdominal e dorsolombar difusa, escoriações em ambas as palmas das mãos e lombares“. Face a este relatório a “GNR investiga o caso”. Cabe agora perguntar o que faz a GNR no meio disto? Em relação aos agressores que nem sequer têm doze anos não podem fazer nada. E sobretudo o que sucedeu naquela escola e está a suceder um pouco por todo o país é uma sequência de desresponsabilização por parte de professores e funcionários: não ver, não intervir, olhar para o outro lado tornaram-se a estratégia de sobrevivência numa escola sem autoridade nem prestígio. Na evidência dos hematomas ou das filmagens com telemóvel abre-se então um inquérito e apresentam-se queixas na polícia, como quem lava as mãos. Passando para o caso da agressão a um professor numa escola de Braga nota-se exactamente o mesmo receio de intervir: um homem entra numa escola ameaçando bater num determinado professor. Não consegue e espera-o à saída da escola, tendo concretizado a agressão à saída perante várias testemunhas. Não conheço qualquer outro local de trabalho, além das escolas portuguesas, onde uma pessoa ameaçada saia do seu local de trabalho sem que alguns colegas o acompanhem. É este espírito de medo, rebaixamento, falta de princípios e cobardia que se incute diariamente nas escolas aos nossos filhos? É. O vazio de autoridade nas escolas levou a isto: chama-se a polícia e abrem-se processos judiciais para tentar intervir em situações que um conselho directivo devia ter meios para resolver. Para cúmulo deste ambiente perverso que levou à criminalização do quotidiano prometem-se agora câmaras de videovigilância para 1200 escolas. Alega o ministério que o Plano Tecnológico da Educação vai dotar as escolas de computadores, quadros interactivos e videoprojectores por cuja seguranças estas câmaras irão zelar. Apanhando o comboio muitas escolas esperam também que as câmaras dissuadam alguns actos de violência. Mas como todas as semanas notícias como estas confirmam o problema não é não ver. É não querer ver. Ou ter medo de ver. Quantos adultos viram aquela criança ser agredida na Escola Básica Integrada do Monte da Caparica? Nenhum? E nenhum a viu sair da escola com lama e sangue na cara? Ninguém viu o agressor à espera do professor de Inglês à porta Escola Básica 2,3 Dr. Francisco Sanches de Braga? O que fez falta nestas escolas não foi a câmara de videovigilância. O que fez falta foi o não ter medo de assumir responsabilidades.*PÚBLICO 12 de Fevereiro
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
111 Salários Mínimos por inauguração (ou mais de 24.500 embalagens de antibiótico)
No sítio do Infarmed podemos ver, nesta página, que uma embalagem de Amoxicilina Generis 500 mg (Cápsulas Blister - 16 unidades) custa € 2,04. A amoxicilina é um antibiótico largamente utilizado. € 50.000 davam para comprar 24.509 caixas (cada tem 16 comprimidos, ou seja, dava para comprar 392.144 comprimidos).
Alexandre Soares dos Santos... até que enfim algo de positivo
Mas é justamente nos tempos de crise que se conhece a fibra de cada um. Há os que tiveram azar, que foram apanhados num turbilhão que não causaram e que não podiam antecipar, e há os que se limitaram a acumular lucros fáceis quando tudo era fácil, sem curar da retaguarda, e que, ao primeiro sinal de dificuldades, transferem as responsabilidades para cima do Governo, que tem de os apoiar, ou para cima dos trabalhadores, que têm de despedir. Temos, entre nós, os multimilionários, que cresceram pagando salários de miséria e agenciando contratos sumptuosos com o Estado ou no tráfico de influências com Angola, e que logo anunciam que, infelizmente, coitadinhos, vão ter de despedir porque não conhecem outra alternativa. E os grandes especuladores financeiros, que não criam um posto de trabalho, mecenas com Fundações que servem para fugir ao fisco e aos credores e cujas dívidas contraídas na banca pública e negociadas num 'almoço de trabalho' com os boys do PS ou do PSD, são agora incobráveis, até porque (oh, que surpresa!) não têm património pessoal que responda por elas e ninguém lhes exigiu garantias pessoais ou patrimoniais quando lhes emprestou dinheiro a perder de vista. Rezo para que não seja com estes 'empresários de sucesso', com estes 'criadores de riqueza', com estes comendadores de mérito, que José Sócrates conte para sair da crise e retomar o crescimento do país...
Mas, no meio de tanto pessimismo, aconteceu-me estar a ver um telejornal, na semana passada, e dar com o presidente do Grupo Jerónimo Martins a falar sobre a crise. Confesso que quase só sabia de Alexandre Soares dos Santos que tinha expandido em grande o seu grupo para a Polónia e que tinha o hábito saudável e tão pouco português de começar as reuniões de trabalho quinze minutos antes da hora marcada. E, de repente, vi-o, sem medo nem meias palavras, a fustigar a demagogia do combate aos pseudo-ricos anunciado pelo primeiro-ministro. Melhor ainda, ouvi-o dizer o que iria fazer perante a crise: primeiro, lançaria mão das reservas que teve o cuidado de fazer para enfrentar, se necessário, um ano inteiro de prejuízos; depois, deixaria de pagar dividendos; a seguir, diminuiria o salário dos administradores e quadros do grupo e, tudo não resultando, negociaria com os trabalhadores cortes de horário ou de salários; e só no fim avançaria para os despedimentos se os prejuízos se tornassem insustentáveis. Eis, pensei para comigo, alguém que não perde a calma perante as dificuldades, que não recorre ao expediente mais fácil para enfrentar os problemas e que, no meio do incêndio geral, não perdeu a noção de que uma empresa ou um grupo empresarial não é uma mera fábrica destinada a gerar lucros para os donos, mas também uma entidade que cumpre uma função perante a sociedade, a qual não desaparece nos tempos de crise.
Esta semana, a boa impressão que tinha retido transformou-se numa agradável surpresa, perante a notícia da criação da Fundação Francisco Manuel dos Santos - nome do fundador do grupo e avô do actual presidente. Eis uma Fundação que não serve para esconder lucros do Fisco ou comprar quintas e iates para os seus fundadores. Que, avisadamente, até está proibida estatutariamente de adquirir património, financiando-se com uma dotação anual que sai directamente do bolso de quem a criou. E que não serve para vender 'arte' ao Governo ou fazer caridade, mas para estudar, investigar, analisar estatisticamente o país que somos: um centro de estudos capaz de proporcionar aos decisores políticos a tomada de medidas que distinguem um estadista de um político. Contra a espuma da governação, a ilusão das sondagens e os 'marqueteiros' eleitorais. Uma Fundação que, como diz Alexandre Soares dos Santos, nasceu para "devolver à sociedade portuguesa uma parte do muito que ela nos deu".
Eis alguém que não reclama mais do Estado, que, pelo contrário, afirma que "a sociedade civil é fraca e muito dependente do Estado" e que sabe que, em época de crise profunda, o clima é propício à emergência dos populismos, que são, quase sempre, o chão onde germinam as ditaduras.
Por si só, esta já seria uma notícia boa, nesta maré de pessimismo em que vivemos mergulhados. Mas o nome de António Barreto para presidir à nova Fundação é ainda um sinal acrescentado de seriedade, competência e diferença. Enfim, uma boa acção.
Saldanha Sanches: O caso Mesquita Machado
«Uma longa investigação (oito anos) aos inexplicáveis sinais exteriores de riqueza do presidente vitalício da Câmara Municipal de Braga e aos seus familiares e amigos teve o resultado habitual: arquivamento por falta de provas.
Sem cadáver nem flagrante delito estes processos estão para lá das forças da nossa justiça: mas vamos admitir que não havia mesmo provas e o arquivamento foi a única solução possível. E as questões fiscais?
O processo penal no Estado de Direito põe o dever de prova a cargo do Estado. O processo fiscal não.
No processo fiscal, o sujeito passivo deverá convencer a Administração e o juiz (se o processo for para tribunal) que as suas casas ou os seus carros cabem dentro dos rendimentos declarados. A discussão sobre a inversão do ónus da prova no caso do enriquecimento de políticos é ociosa.
Por meios fiscais pode obter-se quase o mesmo efeito.
Se no processo se prova que um empresário conhecido pelos seus actos de benemerência chamado Domingos Névoa ofereceu 10 mil euros à filha do sr. Mesquita Machado no casamento desta, pode não se provar que haja aqui qualquer crime ou motivação condenável.
O sr. Mesquita Machado é um corifeu da democracia socialista e o sr. Domingos Névoa provavelmente partilha estes nobres ideais. É um sentimento que só o enobrece.
Mas a nobreza de sentimentos não influencia as empedernidas qualificações fiscais. O fisco tem pêlos no coração. Não será esta desinteressada dádiva uma doação? Terá sido tributada em imposto do selo?
O sr. Mesquita Machado pode ter admiráveis qualidades de poupança que expliquem o património que tem acumulado. Mas terá esta poupança passado pelas declarações de IRS?
Será possível que em Braga haja inúmeras penhoras de contas bancárias dos empresários que não entregaram o IRS e se comunique ao Ministério Público os abusos de confiança fiscal dos falidos que ficaram a dever o IVA e nada se faça em relação a estes casos? Que o Ministério Público investigue durante oito anos sem a colaboração da Inspecção Geral de Finanças ou da DGI?
Quando um praça da GNR com um enorme património é levado a tribunal por extorsão a automobilistas, a pergunta que deve ser feita é saber por que motivo não detectou a DGI a distância entre património e rendimento; num alvo tão fácil como um praça da GNR. Porquê? Como pode a Administração deixar escapar situações como estas?
Já passou o tempo em que Administração era um corpo corroído pela corrupção, um corpo impotente e inerme. Hoje funciona e se pode ser acusada de alguma coisa (em relação aos que cumprem) é de excessos. E em relação aos marginais sem declaração ou com declarações ridiculamente falseadas? Aos políticos que acumulam fortunas sem ninguém perceber como?
Seria bem mais importante reagir a tais situações (se isso não for incompatível com a política deste Governo) do que redistribuir, por meio de um novo regime de deduções no IRS, uns magros tostões entre as várias camadas de contribuintes.
Adenda: a Defesa e os serviços secretos portugueses estão sempre no limiar da farsa. Aquela história dos livres-trânsitos para os espiões (para irem ao futebol? Para andarem de comboio?) demonstra que ao lado dos generais de opereta temos os espiões de livre-trânsito.»
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Leis favorecem corrupção
Darling ataca secretismo dos bancos suíços
sábado, 21 de fevereiro de 2009
MFL: “Justiça já não pode descer mais”... está um caos
- É um caos.
- O PSD vai dizer o quê sobre a Justiça?
- Vai ter propostas. Dentro do conjunto de fóruns que vamos organizar um deles vai ser evidentemente sobre Justiça e Segurança. Estamos a fazer um trabalho ponderado e aprofundado nessa matéria, vamos fazer um debate público aprofundado. Em relação a tudo isso que disse, há um ponto que acho que define o que eu sinto sobre esta matéria. Isto não pode continuar. Não pode.
- Está um caos, as pessoas já não acreditam.
- Não pode continuar. Aquilo que se tem passado nos últimos tempos significa descer todos os dias mais um degrau na credibilidade do sistema de Justiça. E eu acho que já não conseguimos descer mais degraus. Para além daquilo que significa num Estado de Direito o sistema de Justiça funcionar, para além disso, ainda temos a questão de o sistema de Justiça ser provavelmente neste momento um dos nossos maiores constrangimentos ao nosso crescimento económico.
- Os tribunais não funcionam, as falências arrastam-se.
- Se não fosse por mais nada esse ponto era absolutamente essencial. Aquilo que lhe digo é que isto não pode continuar.
- A segurança não está melhor. Os números de 2008 ainda não vieram a público mas a situação está pior, nomeadamente no crime violento. Este ano não tem sido melhor. O que é que se pode fazer neste domínio?
- Aí está um ponto em que antes de mais nada é absolutamente essencial falar verdade. Encobrir dados, fingir situações, meter a cabeça debaixo da areia é pura simplesmente negativo.
- E anunciar milhares de polícias e GNR que depois são os mesmos.
- Exactamente. Coisas desse estilo é tipo barril de pólvora.
- Aí também é preciso falar verdade com os números?
- Exactamente.
- O que é que se pode fazer? É erro do Governo? É uma situação social imparável?
- É com certeza um erro do Governo porque se há matérias que sejam da exclusiva responsabilidade do Governo uma delas é a segurança. Não há entidades privadas metidas no assunto. E, portanto, é um ponto em relação ao qual o Governo devia estar a dar uma enorme prioridade. E acho que não só não lhe está a dar prioridade como ainda por cima está a fomentar algum mau estar social que é altamente indesejável numa situação de crise.
- Fala dos ricos contra pobres e vice versa?
- Quando o Governo, por exemplo, faz discursos de ricos e pobres é algo de impensável numa situação de crise. Está a lançar gasolina para cima de um fogo. Eu acho não só que não tem tomado muitas medidas como ainda por cima tem fomentado no espírito das pessoas hostilização e de crispação entre os portugueses que é a última coisa que se pode fazer numa situação de crise.
- E o descontentamento cresce nas forças de segurança. E poder político não consegue controlar a situação.
- Como sabe, na altura do Verão houve uma intensidade de notícias muito grandes sobre crimes e o aparecimento de novas formas de crime e isso foi algo que abalou muito as pessoas. E eu acho que a forma como o Governo resolveu o assunto foi acabar com as notícias. Não é forma de resolver o assunto. O assunto está lá, os assaltos continuam. Tudo se passa na mesma. Simplesmente deixou de haver opção da opinião pública para que alguma medida seja tomada. Que nós saibamos não há medidas tomadas.
Inquérito criminal foi arquivado por «falta de meios»!!!!
Por Luís Rosa notícia do SOL aqui.
«O processo de Mesquita Machado foi arquivado por «falta de meios», segundo a própria Justiça. Contra o autarca de Braga foram reunidas fortes suspeitas, mas os magistrados admitiram não ter meios para levar a investigação até ao fim.
O procurador Lemos Matos – titular do inquérito, que se iniciou em 2000 e acabou por ser arquivado em Novembro último por «carência de provas» – diz mesmo que a ausência de «recursos humanos» deveu-se à prioridade atribuída pela PJ do Porto a «outras investigações, talvez mais mediáticas». Isso terá impedido «outro dinamismo e preocupação investigatória» que «contribuísse eficazmente e com transparência para o esclarecimento da verdade factual». «É com isto que se não compadece a realização da Justiça!» – lê-se no despacho final, a que o SOL teve acesso.
Confrontada com estas críticas, a direcção nacional da PJ, liderada por Almeida Rodrigues garantiu por escrito ao SOL que «irá diligenciar no sentido de obter o despacho em causa, sendo que só na posse do mesmo, estará habilitada a decidir a eventual abertura de um processo de averiguações» sobre a forma como decorreu a investigação na Directoria do Porto.»
A corrupção piora as notas das crianças na escola, sabia?
É, sim, pessoal. A corrupção é um dos principais fatores que atrapalham o aprendizado no Brasil. Quando as prefeituras não usam corretamente os recursos que recebem do governo federal, a educação dos municípios vai muito mal. De acordo com os relatórios da CGU, nas cidades onde os desvios são maiores, falta o básico: salas de aula, quadras e bibliotecas adequadas, lanche para os estudantes, material pedagógico, biblioteca e treinamento para os professores. Além disso, de acordo com o especialista Francisco Soares, da Universidade Federal de Minas Gerais, a falta de comprometimento das autoridades, como prefeitos, secretários e diretores de escola, serve de mau exemplo para professores, diretores, pais e até alunos.»
Plenarinho Brasileiro
José Sócrates convidou Hugo Chávez para o Congresso do PS
Entretanto, o Público noticia aqui que:
"Morales defende eleições ilimitadas como combate à corrupção"
"O presidente Chávez é o mais democrático de todos porque se submete ao povo, que é quem decide", afirmou Morales em Paris, onde esteve em visita oficial.
O presidente boliviano alegou que a reforma aprovada pelos venezuelanos "não é para que haja um presidente eternamente, porque Chávez pode perder eleições".
Morales disse ainda que a limitação de mandatos "fomenta a corrupção, como pude comprovar nas Prefeituras. Se um prefeito não puder voltar a se candidatar, será mais provável ele roubar durante seu mandato".
"Se puder se ratificar no poder, terá como seguir trabalhando honestamente", acrescentou, conferindo ao caráter ilimitado das eleições um suposto status de antídoto contra a corrupção.
O presidente boliviano repetiu uma frase do "subcomandante Marcos" do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), do México, de que "é preciso mandar obedecendo ao povo".
"Submeter ao povo qualquer consulta é mandar obedecendo ao povo e isso é o mais democrático", disse.
Morales lembrou que seu partido e ele mesmo ganharam quatro eleições consecutivas na Bolívia, algo que não acontecera "nunca antes nesse país".»
Poder - cidadania - corrupção e globalização
Seja qual fôr a vertente da abordagem ou concepção o “Poder também está fortemente associado á Corrupção” como bem sabemos.
Assim, com o advento da Globalização e as correspondentes manifestações relativas à dualidade do fenómeno convergente que a anima e dos factores de divergência que a contrariam, verifica-se uma viragem na história mundial abarcando todo o planeta, uma transformação profunda das relações internacionais e uma muito mais complexa interacção entre os estados que integram o sistema internacional por sofrerem a acção e a interferência directa de novos actores da arena mundial, de que se destacam as grandes empresas multinacionais e transnacionais. Assim, a acção dos estados tem-se vindo a tornar crescentemente mais condicionada e ou influenciada pela intervenção dos denominados actores não estatais ou secundários.
De tudo ressalta que o Poder, que constitui sempre uma relação e não uma unidade de medida concreta e que depende do equilíbrio ou do realinhamento conjuntural num dado momentum, tende a sofrer alterações significativas ao nível mundial com profundo impacto nas relações internacionais, na segurança colectiva e na balança de poderes, daí resultando alterações estruturais e relacionais ao nível do próprio sistema internacional, por deslocação, modificação ou alteração geoestratégica dos pólos de poder e dos respectivos centros de decisão.
Uma dessas alterações mais significativas prende-se com as cedências parcelares de Soberania do Estado-Nação, daí advindo uma maior porosidade das fronteiras, uma diminuição do controlo dentro do próprio território, e um aumento da fluidez da actividade de específicas empresas e seus agentes. No caso destas empresas, a movimentação dos seus agentes envolve acções menos claras no que concerne à opacidade e falta de transparência do comércio a que se dedicam e à sua capacidade de influenciar os decisores de topo dos Orgãos estatais civis e militares, o que adiciona riscos acrescidos para os pequenos estados.
Assim, a Globalização tem vindo a interagir com as manifestações do Poder e com a correspondente localização dos respectivos pólos de afirmação desse mesmo Poder, independentemente do nível de análise considerado. A interacção do Poder com a Globalização tem-se vindo a revelar de forma inequívoca e contínua, nomeadamente com a emergência de novos factores de enquadramento das transformações em curso com especial incidência nas áreas da sociedade da informação e do conhecimento, no sector científico e tecnológico, na investigação e desenvolvimento, nos sistemas de decisão, de controlo e de comunicações, na informática e computadores e nos meios aeroespaciais de comandamento sobre a superfície terrestre.
Assim sendo, poderá afirmar-se ser esta uma época de profunda interacção do Poder versus Globalização, um marco decisivo na história do Homem e do mundo que marcará indelevelmente a emergência de uma Nova Ordem global.
A Propósito do Medo no PS
Quem vai para a rua? (Para quando legislação a sério?)
Aliás, fazemos aqui votos sinceros de que o mesmo tipo de frontalidade possa ser utilizada no processo de Mesquita Machado e seus fiéis. Não estamos a pensar no Ministério Público nem na PJ, que fizeram o impossível para chegar a algum lado. Estamos a pensar nos legisladores, governos, líderes partidários e quejandos que criaram este embrulho hipócrita em que estamos metidos com um conjunto de crimes totalmente blindados em relação à produção de qualquer prova que envolva uma decisão política.
Tudo o que é poder de concessão do Estado e alteração de regras no solo a edificar ou edificável está protegido pela lei, mesmo quando o grande sentimento de impunidade leva os suspeitos a fazerem trapalhadas. Chegámos aliás ao ponto em que não há como uma boa decisão judicial – arquivamento ou mesmo condenação por baixo, como no caso de Felgueiras – para se criar a fabulosa verdade formal: está tudo esclarecido! Fica tudo na paz dos cemitérios. Ninguém vai para o olho da rua...
Medina Carreira: A Verdade Não Mora Aqui (Fev. 2005)
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Medina Carreira in DN
Lisboa, 1 de Fevereiro 2005
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"Cada vez mais vejo gente que sabe quem não quer, mas não sabe quem quer. Ou antes, não quer nenhum." (António Barreto, PÚBLICO, 23.01.05)
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
De novo, o Medo...
Significativamente o general Ramalho Eanes denunciou um clima de medo crónico de criticar, em Portugal. O ex-presidente da República é, tal como o actual Presidente, das escassíssimas figuras referenciais da Política Portuguesa cujos actos têm sido testemunha disso mesmo (actos, não meras palavras). É, por isso, para levar muito a sério.
É inaceitável que a vida de uma comunidade supostamente democrática, no início do século XXI, esteja condicionada pelo medo.
As sociedades que caem em caldos de cultura de medos ou que são condicionáveis são sociedades cujo estado de saúde é de alto risco.
Paula Teixeira da Cruz, artigo completo com o título "Alto Risco" e foto aqui.
A luta contra a corrupção tem reflexos eleitorais?
Os portugueses gostam de condenar a corrupção em voz alta mas poucos extraem daí consequências políticas. À partida, quase todos os corruptos notórios são favoritos em eleições locais...
O escandaloso negócio com Manuel Fino
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
UBS paga multa de 780 milhões de dólares por cumplicidade com fraude fiscal
O compromisso da UBS de revelar imediatamente os registos bancários dos seus clientes não tem precedentes. O Banco suíço UBS acordou pagar uma multa de 780 milhões de dólares (619 milhões de euros) e revelar os registos bancários de 250 clientes norte-americanos para se “livrar” das acusações de cumplicidade com fraude fiscal. No acordo alcançado no Tribunal Federal da Florida, a UBS comprometeu-se a revelar imediatamente à administração norte-americana os registos bancários dos seus clientes, o que é um compromisso sem precedentes. A UBS irá pagar 780 milhões de dólares em multas, juros e restituições por conspiração para a criação de contas “fantasma” com o intuito de esconder os bens de clientes norte-americanos do Governo dos EUA. Segundo responsáveis norte-americanos, em 2000 a UBS adquiriu uma empresa norte-americana que lhe proporcionou uma grande leva de novos clientes, com o banco a ajudar estes novos clientes, contribuintes norte-americanos, a criarem novas contas bancárias em nome de outras pessoas ou de entidades “fantasma”. A acusação afirmou ainda que os executivos do banco suíço utilizaram software encriptado e outro tipo de técnicas de contravigilância para evitarem que alguém detectasse que a UBS estava a promover a evasão fiscal de contribuintes norte-americanos. Por sua vez, os clientes entregavam declarações fiscais que omitiam o que ganhavam nas suas contas suíças.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Portugal é o país da Europa Ocidental com maior taxa de homicídios
Para quando os crimes de enriquecimento ilícito e o abuso urbanístico?
Conferência: Ética e Responsabilidade Política
Aqui ficam as fotos com a promessa de um pequeno resumo
Não há crime de enriquecimento ilícito em Portugal e é impossível provar uma relação directa entre um favor e o recebimento de uma contrapartida
Não há crime de enriquecimento ilícito em Portugal e é impossível provar, neste tipo de casos, uma relação directa entre um favor no domínio da decisão política e o recebimento de uma contrapartida. A corrupção em Portugal funciona de forma totalmente diferente do espírito das leis existentes – mas como todos preferem viver nesta podre democracia formal do que partir a louça, cá vamos cantando e rindo, como se tudo estivesse bem no podre reino da Dinamarca. Eduardo Dâmaso. Artigo e foto aqui.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Advogado condenado por ter recebido suborno de Berlusconi
O advogado britânico David Mills foi considerado culpado e condenado a quatro anos e seis meses de prisão por ter aceite um suborno de Silvio Berlusconi, em 1997. Um tribunal de Milão considerou Mills culpado de ter recebido uma verba de 400 mil libras (446 mil euros) da Mediaset, o grupo de media controlado pelo actual primeiro-ministro italiano, para esconder detalhes incriminatórios relativos aos negócios da empresa, refere a Reuters. Silvio Berlusconi era acusado por ter subornado Mills, mas está protegido pela lei da imunidade introduzida pelo seu Governo, em Julho de 2008, que protege as principais figuras do Estado, como o Presidente da República, o primeiro-ministro e os presidentes das duas câmaras. Notícia e foto aqui.
O desenvolvimento da corrupção
O dia 22 de Abril foi, em Portugal e no Brasil consagrado como dia Nacional de Combate á Corrupção. O então Ministro das Finanças Professor Doutor António de Sousa Franco por despacho ratificou este protocolo. Só durou nesse ano - foi encerrado - Aqui mostra - se o poster que ilustrou conferências várias em todo o Portugal e Brasil, em 1996
RESUMO - TÓPICOS DE UMA CONFERÊNCIA DO AUTOR NESSA COMEMORAÇÃO
A percepção de um acto corrupto
Embora a corrupção possa ser definida como "o abuso do poder público para o benefício pessoal ", também pode ser descrita como violação do princípio da "distância segura", segundo a qual as relações privadas não devem afectar as tomadas de decisões económicas, políticas sociais por funcionários do governo. Este princípio é fundamental para o bom funcionamento de qualquer organização. Existe uma conduta formalmente estabelecida sobre o papel dos funcionários do sector público. Os agentes são "neutros" e "impessoais" na busca do bem estar social .
Mas isso chega? Procura alcançar um nível razoável de bem-estar para toda a comunidade? Qual é o seu conceito de um acto corruptos? As pessoas estão preparadas para agir contra o fenómeno?
Um grande projeto de pesquisa foi desenvolvida em New South Wales (Austrália), em 1994, pela Comissão Independente Contra a corrupção do Estado para determinar quais os comportamentos que são considerados por funcionários públicos corruptos e quais são os elementos de prevenção e de combate. foram distribuídos questionários que incluíam uma breve descrição de doze etapas: os trabalhadores necessários para avaliar se uma conduta era boa ou não, o impacto negativo que esta poderia produzir, como para justificar este comportamento e que como devem ser considerados.
O estudo mostra que a vontade de tomar medidas depende de vários fatores, incluindo a relação custo-benefício dentro do diferentes cenários.
As acções incluem:
- A convicção de que o comportamento é justificado pela circunstâncias;
- A opinião de que não há razão para denunciar a corrupção e nada útil pode ser feito sobre ela;
- A crença de que o comportamento não é corrupto;
- Um medo de retaliação ou vingança pessoal ou profissional;
- A percepção dos trabalhadores sobre as suas relações com os superiores hierárquicos e
- Preocupação com provas insuficientes.
Os itens descritos no presente inquérito correspondem às "Sete desculpas para não fazer nada ":
- Ninguém sabe;
- "Úteis";
- É universal;
- Ela tem raízes muito profundas;
- A alteração iria demorar demasiado tempo;
- Todo o sistema está podre, e
- O que posso fazer sozinho?
Portanto, o ponto de partida para qualquer trabalho sério que visa controlar a corrupção, a fim de ter em conta as perspectivas pessoais de pessoas cujo comportamento se destina a regular - Funcionários públicos e cidadania - deve aceitar e partilhar um conjunto de normas mínimas sobre actos corruptos e seu impacto sobre a agenda do desenvolvimento social.
Elementos que contribuem para o desenvolvimento da corrupção
Coerção - A coerção pode ser descrito como uma causa da corrupção, diz Philp que afirma que pode ser definida como um estado corrompidos se a garantia de submissão às regras foram obtidos apenas através da força ou a falta de incentivos materiais.Tal estado de liberdade e de segurança na vida real não goza como um processo político capaz para mobilizar as pessoas para uma concepção homogênea do bem público.
Poder - Funcionários públicos que ocupam uma posição de força contra os grupos privados, alguns deles, em função da sua categoria, têm mais poder do que outros. As práticas do sector público torna - se em empregos e convites à corrupção, mesmo antes do surgimento de burocracias estatais, os lugares foram vendidos e comprados de acordo com as necessidades e desejos das pessoas. Ocupar um lugar com amplos poderes discricionários e administrar a fazenda pública, de acordo com seus interesses pessoais. Actualmente, muitos burocratas mostram estas características.
Burocracia - A sistemática substituição de funcionários públicos eleitos por outros escolhidos por meritocrática clientelismo é uma forma que degenera aos princípios de burocracias estruturadas. Além disso, a excessiva centralização das funções de tomada de decisão e impede o desenvolvimento da gestão pública eficiente e rápida, consistente com a rápidas mudanças sociais que têm ocorrido nos últimos anos.
Lei e justiça - O sistema legal pode contribuir para a corrupção de várias formas. Nos países em que a rigidez e o formalismo da lei são característicos, a corrupção é muitas vezes a única forma possível de acesso ao sistema de justiça. Muitos procedimentos demasiados exigentes.
Ausência de regulamentação em conflitos de interesses - A razão pela qual esta questão é especialmente relevante para o tratamento da corrupção é, pois, na maioria dos regimes, as decisões dos funcionários são limitadas por uma vaga noção de interesse público, que se presta a muitas interpretações e deixa amplo espaço de actos corruptos.
Falta de eficiência - Alguns pesquisadores acreditam que a corrupção é simples funcionamento das forças de mercado dentro do estado e que, dada a necessidade que o mercado é eficiente, o suborno deve ser tolerado. Esta observação é inaceitável.
Programas públicos podem ser afectados negativamente se funcionários do governo aloquem recursos escassos para o licitante que tem pago o maior suborno, não o mais competitivo.
Além disso, as gratificações para induzir os funcionários a gerar condições artificiais de escassez e atrasos desnecessários para o pagamento.
Os custos reais de uma operação entre o Estado e os indivíduos, uma prestação de serviços da adjudicação e execução de um trabalho numa infra-estrutura pode ser completamente alterada pelos efeitos de corrupção e de ter mesmo chegado a ocorrer quando os custos geradas pelo evento ultrapassaram o custo real do projecto.
Iniquidade - De uma maneira geral, tem sido argumentado que a desigualdade é um factor que contribui para corrupção. Este argumento é mais válido, pelo menos,no sentido de que , em que redistribuição e bem-estar, consequentemente, os direitos universais, são quase inexistentes para a população. A corrupção nos fornecimentos, aparentemente, dá alguma garantia de acesso aos esses direitos, através da "compra" de serviços e produtos que Estado deve fornecer e ao desenvolvimento de actividades informais. No entanto, a longo prazo, a legitimidade do Estado ea corrupção não só cria uma redistribuição eqüitativa dos recursos públicos, como como também tende a beneficiar, em grande parte a grupos que têm o poder, dinheiro e influência para afectar decisões estaduais importante.
Recursos escassos - Corrupção causada por uma escassez pode ocorrer por duas razões: a para alterar a alocação de recursos limitados, numa perspectiva particular, e para completar os rendimentos obtidos, a partir da perspectiva de uma baixa remuneração funcionário público.
Fraqueza de lobistas - Os vários grupos que não têm interesse em juntar - se aos grupos de pressão, ou que não têm acesso a nenhum partido político preferem subornar funcionário público tentar mudar a lei para evitar novas formulações.
Tolerância da política e da opinião pública...contra a corrupção - A importância que a sociedade, a imprensa e as élites dão á corrupção, em certa medida determina o desenvolvimento.
Industrialização,migração e modernização - Com a industrialização, a rápida migração para as grandes cidades tem sido uma constante. O velho agricultor, para se tornar um imigrantes na sociedade urbana, pretende perpetuar as relações humanas que ele tem: amizade, família, e, progressivamente, a partir da comunidade. A corrupção surge porque com este tipo de imigração, com valores de diferentes conforme as comunidades diferem entre si e entre eles. Alguns exemplos de grupos que existem e as formas de relação entre eles:
a) famílias tradicionais (parentesco) é crucial a família e lealdade para com esta.
b) tradicional patrono-cliente sistema: relações com o chefe local mas a identificação com a comunidade em geral é muito fraca. Depende do padrão e de não se sentir algum tipo de protecção do Estado ou da família.
c) cívica e cultural sistema ou o sistema "ideal": os cidadãos não se sentem necessidade de utilizar intermediários influentes. Existe uma forte conformidade com as regras da sua própria vontade. O nível de bem-estar possível o desenvolvimento económico e social de uma relação de igualdade entre os líderes e os seus seguidores. Este é um "ideal" em que a luta contra a corrupção tem uma elevada probabilidade de sucesso como o público está consciente da ameaça que ela representa.