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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Combate à corrupção "não deve ser partidarizado"

O deputado socialista António José Seguro defendeu que "o combate à corrupção é uma questão de regime" e "não faz sentido partidarizar este debate ou passar culpas entre os diferentes poderes".
O socialista expressou esta posição numa declaração de voto que entregou esta sexta-feira no Parlamento relativa ao debate de quinta-feira sobre os projectos do PSD e do PCP para criminalizar o enriquecimento ilícito, chumbados pelo PS.
No documento, António José Seguro pede 'todos os poderes no mesmo rumo' do combate à corrupção. Para o socialista, há a 'ideia comum de que existe um aumento da corrupção e menor eficácia do seu combate' e 'a suspeita de que os ‘poderosos' se protegem e não existe um verdadeiro interesse no combate à corrupção'.
'Estas realidades minam a confiança dos portugueses na política e na justiça e corroem os alicerces do Estado de Direito Democrático. Ignorar esta realidade é um erro que está a pagar-se caro', critica.
Assim, continua o deputado do PS em véspera das comemorações dos 35 anos da Revolução do 25 de Abril, 'é dever de todos os democratas, em particular dos que exercem funções públicas, contribuir com propostas concretas para efectuarmos um combate claro e sem tréguas à corrupção'.
Ainda assim, António José Seguro admite que 'este debate não vem na melhor altura, pois estamos a meses de um ciclo eleitoral importante', mas que, 'tendo surgido, não lhe podemos virar as costas'. »
Notícia aqui.
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Temos uma proposta para António José Seguro sobre o momento actual:
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- E que tal regras de transparência sobre financiamento partidário, numa altura em que estão em curso três campanhas eleitorais?

1 comentário:

  1. António José Seguro tem razão: existe, de facto, um sentimento na sociedade portuguesa de que não existe um verdadeiro interesse no combate à corrupção. E esse sentimento é, infelizmente, confirmado por factos de que vamos tendo conhecimento no nosso dia a dia. Mas o facto de existir este sentimento, esta percepção, não é necessariamente negativo: é sinal de que as pessoas começam a atribuir valorações negativas a determinado tipo de comportamento e a censurá-lo, a exigir a sua mudança. As pequenas cunhas e favores que eram vistas como normais e próprias do modo de ser português começam a causar incómodo e a suscitar reacções adversas pelo menos em determinados meios. É o caminho para a mudança e para uma nova ordem de valores.

    E de molde a que esse caminho fosse trilhado com segurança seria importante existirem regras claras que permitissem o acesso à informação de quem financia os partidos políticos. Infelizmente, talvez tivéssemos algumas surpresas...e se compreendessem melhor algumas tomadas de posição aparentemente incompreensíveis.

    Mas o facto de esses dados serem públicos ajudaria a criar inibições na forma de actuar de certos agentes políticos. Com benefício de todos nós!

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