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«O juiz Baltasar Garzón remeteu hoje ao Tribunal Superior de Madrid indícios do alegado envolvimento do senador do PP Luis Bárcenas e do eurodeputado do mesmo partido Gerardo Galeote numa rede de corrupção vinculada à segunda força política.
A rede de corrupção, investigada no âmbito da operação Gurtel, e que já tem dezenas de arguidos -- três dos quais em prisão preventiva - envolve vários responsáveis do PP em Madrid, Valência e Málaga.
São acusados de vários crimes, incluindo favorecimento, branqueamento de capitais e burla.
O processo levou já à demissão de vários presidentes da câmara do PP, envolvendo agora um senador, um eurodeputado, o presidente do Governo regional de Valência e vários responsáveis do PP a nível regional em Madrid.
No auto hoje remetido ao tribunal, o juiz acorda remeter todo o processo ao tribunal regional, como este havia solicitado quando anunciou que assumia a investigação do caso depois de indícios de alegado envolvimento de três deputados, também do PP, na Assembleia de Madrid: Alberto López Viejo, Benjamín Martín Vasco e Alfonso Bosch Tejedor.
No caso de Bárcenas, Garzón estima que o senador terá recebido mais de 1,353 milhões de euros através da suposta rede de corrupção liderada por Francisco Correa, um dos presos preventivos.
O eurodeputado Galeote terá recebido "directa ou indirectamente" mais de 652 mil euros.
Segundo Garzón, a actividade de Bárcenas e Galeote ter-se-ia desenvolvido "no âmbito da organização liderada por Francisco Correa em que estes estariam integrados".
Os dois políticos "prestariam os serviços solicitados por este (Correa), em função da sua posição qualificada ou estratégica no partido político a que pertencem".
Caberia aos dois suspeitos "facilitar as actividades de delito através de contratação de eventos e distribuição de fundos procedentes dos mesmos em benefícios próprios".
Os dados constam do processo com base em relatórios da Unidade de Deliquência Económica e Fiscal, levando o juiz a questionar por duas vezes a Procuradoria Anti-Corrupção sobre se deveria ou não inibir no processo a favor do Tribunal Supremo, dado o alegado envolvimento contra este tipo de suspeitos (um deputado nacional e um eurodeputado).
A tese de Garzón tem sido sempre a de que a causa é da competência do Supremo por envolver Bárcenas e Galeote, que se juntam assim a outros 55 arguidos do processo, cujos dados foram agora remetidos ao Tribunal Superior de Justiça de Madrid.
Reagindo às notícias do auto, o Partido Popular (PP) emitiu um comunicado em que denuncia o juiz Baltasar Garzón por tentar incriminar Luis Bárcenas (que é também tesoureiro do partido) e Gerardo Galeote, apesar de saber que essa inclusão vai contra os relatórios da procuradoria.
Expressando "absoluta recusa" pelo auto, acusam Garzón de aproveitar uma resolução judicial -- a de remeter o processo ao Tribunal Superior -- para "tentar novamente incriminar o senador do PP e o eurodeputado".
A rede de corrupção, investigada no âmbito da operação Gurtel, e que já tem dezenas de arguidos -- três dos quais em prisão preventiva - envolve vários responsáveis do PP em Madrid, Valência e Málaga.
São acusados de vários crimes, incluindo favorecimento, branqueamento de capitais e burla.
O processo levou já à demissão de vários presidentes da câmara do PP, envolvendo agora um senador, um eurodeputado, o presidente do Governo regional de Valência e vários responsáveis do PP a nível regional em Madrid.
No auto hoje remetido ao tribunal, o juiz acorda remeter todo o processo ao tribunal regional, como este havia solicitado quando anunciou que assumia a investigação do caso depois de indícios de alegado envolvimento de três deputados, também do PP, na Assembleia de Madrid: Alberto López Viejo, Benjamín Martín Vasco e Alfonso Bosch Tejedor.
No caso de Bárcenas, Garzón estima que o senador terá recebido mais de 1,353 milhões de euros através da suposta rede de corrupção liderada por Francisco Correa, um dos presos preventivos.
O eurodeputado Galeote terá recebido "directa ou indirectamente" mais de 652 mil euros.
Segundo Garzón, a actividade de Bárcenas e Galeote ter-se-ia desenvolvido "no âmbito da organização liderada por Francisco Correa em que estes estariam integrados".
Os dois políticos "prestariam os serviços solicitados por este (Correa), em função da sua posição qualificada ou estratégica no partido político a que pertencem".
Caberia aos dois suspeitos "facilitar as actividades de delito através de contratação de eventos e distribuição de fundos procedentes dos mesmos em benefícios próprios".
Os dados constam do processo com base em relatórios da Unidade de Deliquência Económica e Fiscal, levando o juiz a questionar por duas vezes a Procuradoria Anti-Corrupção sobre se deveria ou não inibir no processo a favor do Tribunal Supremo, dado o alegado envolvimento contra este tipo de suspeitos (um deputado nacional e um eurodeputado).
A tese de Garzón tem sido sempre a de que a causa é da competência do Supremo por envolver Bárcenas e Galeote, que se juntam assim a outros 55 arguidos do processo, cujos dados foram agora remetidos ao Tribunal Superior de Justiça de Madrid.
Reagindo às notícias do auto, o Partido Popular (PP) emitiu um comunicado em que denuncia o juiz Baltasar Garzón por tentar incriminar Luis Bárcenas (que é também tesoureiro do partido) e Gerardo Galeote, apesar de saber que essa inclusão vai contra os relatórios da procuradoria.
Expressando "absoluta recusa" pelo auto, acusam Garzón de aproveitar uma resolução judicial -- a de remeter o processo ao Tribunal Superior -- para "tentar novamente incriminar o senador do PP e o eurodeputado".
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