Paulo Maluf foi Presidente da Câmara ("Perfeito") de São Paulo de 1969 a 1971 e de 1993 a 1996. Governador do Estado de São Paulo entre 1979 e 1982. Cumpre actualmente o segundo mandato como deputado federal.
Paulo Maluf: ciclo de corrupção
«O brasileiro Paulo Maluf bem que tentou marcar época pelas roupas bem cortadas, mas foi imortalizado por outra razão: Maluf tornou-se, aos olhos dos promotores, o maior clássico da corrupção no Brasil. As investigações sobre ele mostram um estilo todo próprio de desviar dinheiro público, escondê-lo em paraísos fiscais e repatriá-lo é insuperável. Nesse ramo, Maluf não tem concorrentes. No máximo, seguidores. Na semana passada, VEJA teve acesso às peças finais do quebra-cabeça do desvio de verbas promovido por ele na prefeitura de São Paulo nos anos 90.
É uma pequena obra-prima da gatunagem. O esquema foi esquadrinhado pelo promotor Sílvio Marques, do Ministério Público paulista, que nos últimos oito anos analisou 262 000 documentos bancários do Brasil, Estados Unidos, Suíça, Inglaterra, França e Ilhas Jersey para rastrear o dinheiro sumido. E conseguiu.
"Hoje, posso afirmar que ao menos 93 milhões de dólares foram furtados da prefeitura de São Paulo por Paulo Maluf. O dinheiro deu a volta ao mundo para ser lavado, mas descobrimos seu paradeiro: voltou ao Brasil, como se fosse um investimento feito a partir do Deutsche Bank das Ilhas Jersey em debêntures da Eucatex, a empresa de Maluf", explica o promotor. Impressionada com as provas levantadas por Sílvio Marques, a Justiça de Jersey decidiu bloquear outros 22 milhões de dólares que continuam depositados por lá, em contas controladas pelos filhos de Maluf, e que também foram roubados da prefeitura.
O promotor conquistou, ainda,outra vitória: o Deutsche Bank aceitou pagar 5 milhões de dólares à prefeitura paulistana apenas para não figurar em um processo criminal ao lado de Maluf. O Ministério Público tentará agora repatriar os 22 milhões de dólares que estão em Jersey e retomar os 93 milhões de dólares da Eucatex. Maluf, claro, permanece fiel ao seu estilo. Ele nega tudo e nunca foi condenado.»
Revista Veja aqui.
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O deputado federal mais votado do país fala de CPMF, caso Renan, processos na Justiça e do período em que esteve preso
Em 2005, Paulo Maluf ficou um mês preso, acusado de ter contas irregulares no exterior. Um ano depois, o político do PP de São Paulo, ex-prefeito da capital e ex-governador foi o deputado federal mais votado do país (...)
Em 2005, Paulo Maluf ficou um mês preso, acusado de ter contas irregulares no exterior. Um ano depois, o político do PP de São Paulo, ex-prefeito da capital e ex-governador foi o deputado federal mais votado do país (...)
Como foi o período em que o senhor esteve preso? Armando Gregório, Juazeiro (BA)
Maluf – Uma lição de vida, de humildade e, ao mesmo tempo, de esperança. Apesar de vítima de arbítrio e apesar das acusações que me faziam, sempre confiei que a Justiça acabaria por prevalecer, o que aconteceu através do Supremo Tribunal Federal. Só lamentei e lamento a infâmia de envolverem o meu filho (Flávio) nessa sujeira política que foi aquele episódio.
O que o senhor pensa da expressão “rouba, mas faz”? Marcelo Pelaes, Osasco (SP)
Maluf – O “rouba, mas faz” é uma acusação injusta e sórdida. Nos meus 40 anos de vida pública, meus inimigos me acusaram de tudo, e nunca conseguiram provar nada, porque não havia e não há nada para ser provado. Não tenho uma única condenação judicial, moro na mesma casa desde que assumi o meu primeiro cargo público, e os rendimentos de minhas empresas me bastam para viver.
O senhor ainda pretende doar parte do dinheiro encontrado em suas contas na Suíça, conforme prometeu? Núbia Tavares, São Paulo (SP)
Maluf – Claro que pretendo. Infelizmente para aqueles a quem prometi doar, não há nenhum dinheiro meu na Suíça ou em qualquer outro lugar do exterior.
O senhor sempre alegou inocência em todos os processos a que responde. A que atribui suas condenações? Paulo F. de Azambuja Pereira, Sapucaia (RS)
Maluf – Não há condenação nos processos em que me acusam. Nunca provaram nada. Para falar de um recente, o do chamado “frangogate”, a denúncia apresentada não provou nada, fui inocentado, e o Ministério Público condenado pela Justiça a pagar as custas do processo.»
Maluf – Uma lição de vida, de humildade e, ao mesmo tempo, de esperança. Apesar de vítima de arbítrio e apesar das acusações que me faziam, sempre confiei que a Justiça acabaria por prevalecer, o que aconteceu através do Supremo Tribunal Federal. Só lamentei e lamento a infâmia de envolverem o meu filho (Flávio) nessa sujeira política que foi aquele episódio.
O que o senhor pensa da expressão “rouba, mas faz”? Marcelo Pelaes, Osasco (SP)
Maluf – O “rouba, mas faz” é uma acusação injusta e sórdida. Nos meus 40 anos de vida pública, meus inimigos me acusaram de tudo, e nunca conseguiram provar nada, porque não havia e não há nada para ser provado. Não tenho uma única condenação judicial, moro na mesma casa desde que assumi o meu primeiro cargo público, e os rendimentos de minhas empresas me bastam para viver.
O senhor ainda pretende doar parte do dinheiro encontrado em suas contas na Suíça, conforme prometeu? Núbia Tavares, São Paulo (SP)
Maluf – Claro que pretendo. Infelizmente para aqueles a quem prometi doar, não há nenhum dinheiro meu na Suíça ou em qualquer outro lugar do exterior.
O senhor sempre alegou inocência em todos os processos a que responde. A que atribui suas condenações? Paulo F. de Azambuja Pereira, Sapucaia (RS)
Maluf – Não há condenação nos processos em que me acusam. Nunca provaram nada. Para falar de um recente, o do chamado “frangogate”, a denúncia apresentada não provou nada, fui inocentado, e o Ministério Público condenado pela Justiça a pagar as custas do processo.»
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