Antes das ‘Mãos Limpas’, a procuradoria de Roma era conhecida em Itália como o cais das brumas. Ali morriam todos os processos mais delicados, contrariamente à procuradoria de Milão, onde os inquéritos andavam.
Ontem, o comunicado do procurador-geral da República sobre o Freeport dá uma machadada nesse cais das brumas em que poderia transformar-se a Justiça portuguesa. O comunicado tem, desde logo, o mérito de vir clarificar o que estava a ficar excessivamente nebuloso. O mais importante está na luz verde total que dá aos magistrados titulares do inquérito para aprofundarem a investigação, seja no que for e contra quem for. Não há, a partir de ontem, qualquer espécie de limitação, condicionamento ou pressão que possa fazer caminho. O comunicado é aliás bastante específico, ao sublinhar que serão inquiridas 'todas as pessoas que os magistrados considerarem necessárias' e todos os fluxos bancários e contas serão examinados.
Depois, reconhece que algo se passou ao anunciar uma averiguação a um magistrado por razões de eventual violação da deontologia profissional, apesar de os titulares do inquérito terem afastado um cenário de pressões. Como não há bela sem senão, deixa no ar a intenção de ‘matar’ o mensageiro, o magistrado João Palma, o que seria, isso sim, uma pressão.
Opinião e foto de Eduardo Dâmaso aqui.
Ontem, o comunicado do procurador-geral da República sobre o Freeport dá uma machadada nesse cais das brumas em que poderia transformar-se a Justiça portuguesa. O comunicado tem, desde logo, o mérito de vir clarificar o que estava a ficar excessivamente nebuloso. O mais importante está na luz verde total que dá aos magistrados titulares do inquérito para aprofundarem a investigação, seja no que for e contra quem for. Não há, a partir de ontem, qualquer espécie de limitação, condicionamento ou pressão que possa fazer caminho. O comunicado é aliás bastante específico, ao sublinhar que serão inquiridas 'todas as pessoas que os magistrados considerarem necessárias' e todos os fluxos bancários e contas serão examinados.
Depois, reconhece que algo se passou ao anunciar uma averiguação a um magistrado por razões de eventual violação da deontologia profissional, apesar de os titulares do inquérito terem afastado um cenário de pressões. Como não há bela sem senão, deixa no ar a intenção de ‘matar’ o mensageiro, o magistrado João Palma, o que seria, isso sim, uma pressão.
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