«Esta história da pressão, faz-me lembrar as da corrupção. Somos um país onde tudo se faz de uma forma velada, muitas vezes envolvendo terceiras pessoas. Quando num jantar em familia, um amigo empresário me explicou as diferenças da forma como funciona a corrupção em Angola e em Portugal, fiquei esclarecido. Em Angola sabe-se a quem é que se tem de pagar e quando, para que as coisas avançem... em Portugal sabe-se apenas que se tem de pagar, nunca se sabe bem a quem, nem a quantia...ou seja fingimo-nos sérios, mas somos tão ou mais corruptos que os angolanos. Com a pressão é a mesma coisa. Fingimos que não pressionamos ninguém, mas passamos a vida a enviar recados para as redacções, para os tribunais, etc. E há mesmo muita forma de pressão. Agora joga-se muito com o posto de trabalho, porque o desemprego alastra...agora fingir que ela não existe ou é uma invenção, é fazer como a avestruz...»
Debate entre Paulo Rangel e Marinho Pinto
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O homem é um animal político (Aristóteles) e, como tal, não pode viver
senão em sociedade. Por isso mesmo, já se exarou, acertadamente, a máxima a
um tempo...
Há 13 anos
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