Quinta-feira, Março 26, 2009
«Antes da Revolução de Abril, a justiça portuguesa era uma coisa muito estranha, que permitia que as pessoas fossem presas sem culpa formada, e pior, sem terem cometido qualquer acto ilícito. Bastava qualquer bufo pidesto soltar a palavra "comunista", mesmo sobre quem nem sequer conhecia o significado da palavra...
Depois de 1974, estes casos terminaram, mas não a protecção aos "poderosos". As pessoas importantes acusadas da prática de crimes continuaram, quase por "artes mágicas", a conseguir fintar a lei, graças ao poder e dinheiro que dispunham.
Infelizmente, passados mais de trinta anos, nunca foi possível alterar esta situação (vergonhosa), apesar das pressões e do esforço da Policia Judiciária e do Ministério Público.
Porquê? Não sei. A única coisa que posso acrescentar é que praticamente todos os juizes, transitaram dos tribunais plenários do salazarismo para a democracia...
E também sei que uma boa parte dos nossos juízes e advogados, baseados na habitual "subjectividade" e "flexibilidade" da lei, lá conseguem que as "fátimas", os "avelinos", os "valentins" e os "isaltinos", os "paulos", etc, consigam gritar, «vitória», à saída dos tribunais, com a cumplicidade dos jornais e das televisões que adoram montar "telenovelas", que tal como nas estórias de cordel latino-americanas, no último episódio, acaba sempre tudo feliz, a única singularidade, é que por cá ainda é comum ameaçarem pedir indemnizações ao estado... »
Artigo de Luis Milheiro aqui.
«Antes da Revolução de Abril, a justiça portuguesa era uma coisa muito estranha, que permitia que as pessoas fossem presas sem culpa formada, e pior, sem terem cometido qualquer acto ilícito. Bastava qualquer bufo pidesto soltar a palavra "comunista", mesmo sobre quem nem sequer conhecia o significado da palavra...
Depois de 1974, estes casos terminaram, mas não a protecção aos "poderosos". As pessoas importantes acusadas da prática de crimes continuaram, quase por "artes mágicas", a conseguir fintar a lei, graças ao poder e dinheiro que dispunham.
Infelizmente, passados mais de trinta anos, nunca foi possível alterar esta situação (vergonhosa), apesar das pressões e do esforço da Policia Judiciária e do Ministério Público.
Porquê? Não sei. A única coisa que posso acrescentar é que praticamente todos os juizes, transitaram dos tribunais plenários do salazarismo para a democracia...
E também sei que uma boa parte dos nossos juízes e advogados, baseados na habitual "subjectividade" e "flexibilidade" da lei, lá conseguem que as "fátimas", os "avelinos", os "valentins" e os "isaltinos", os "paulos", etc, consigam gritar, «vitória», à saída dos tribunais, com a cumplicidade dos jornais e das televisões que adoram montar "telenovelas", que tal como nas estórias de cordel latino-americanas, no último episódio, acaba sempre tudo feliz, a única singularidade, é que por cá ainda é comum ameaçarem pedir indemnizações ao estado... »
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